O presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, diz que a Escola Secundária José Falcão é a próxima a ser reabilitada, pois está “completamente degradada” e “aguarda há muitos anos por uma intervenção”.
“Foi uma das nossas preocupações iniciais – aliás constava do nosso programa eleitoral – desencadear o processo para a recuperação desta escola e, logo a seguir, da Escola Eugénio de Castro, e outras escolas que também necessitam de intervenção”, referiu.
No final de uma visita à Escola Básica da Solum, na quarta-feira, conhecida como Escola das Anexas ou Escola n.º 10, o autarca destacou que quando chegou à presidência da Câmara de Coimbra, eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra, “não havia nenhum projecto de recuperação da Escola José Falcão”.
“Nem no Ministério da Educação, nem na Câmara Municipal. Desencadeámos um entendimento com o Departamento de Arquitectura da Universidade de Coimbra, que conduziu a um Plano Funcional, para se elaborar o projecto de recuperação, e estamos só à espera da autorização da DGEST [Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares] para podermos avançar com esse projecto”, informou.
Aos jornalistas, José Manuel Silva evidenciou que se trata de uma escola classificada e com um grande valor patrimonial, que se encontra num estado de “degradação acelerada”.
“Daí a nossa preocupação, em ser a Câmara a dar os primeiros passos para acelerar os procedimentos de recuperação da Escola José Falcão, para que haja um projecto e, com ele, possamos pressionar o Governo para começar rapidamente as obras. O investimento andará, numa primeira apreciação e ainda sem o projeto estar elaborado, nos 15 milhões de euros”, alegou.
Sobre a Escola Básica da Solum, realçou que a sua reabilitação ultrapassou um milhão de euros, estando neste momento a serem ultimados “os pormenores necessários para conduzir à decisão positiva quanto ao seu financiamento”.
“Era uma escola com instalações antigas, cerca de 60 anos, e a precisar de uma remodelação profunda, que foi aprovada na Câmara em 2020. Temos aqui agora escolas fantásticas, com um ambiente pedagógico excepcional e instalações renovadas a todos os níveis”, apontou. De acordo com o autarca, a intervenção preservou as memórias do passado, “em tudo aquilo que foi possível”.
“Além de excelentes docentes, assistentes operacionais e alunos, há uma excelente escola para criar um ambiente apropriado para uma boa aprendizagem a todos os níveis, nomeadamente em termos de aprendizagem social e preparação para a vida futura”, concluiu.
A intervenção na Escola Básica da Solum visou a melhoria das condições do edifício, em áreas como a sua funcionalidade, conforto térmico e na remodelação profunda do refeitório, além da ampliação da biblioteca, pintura integral do edifício, remodelação da cobertura e dos espaços exteriores e instalação de um novo sistema de aquecimento.
Constituída por dois edifícios, que comportam 10 salas, este restabelecimento tem capacidade para acolher 250 alunos.