O Município assinalou oficialmente, no passado dia 11 de Março, o início do funcionamento do Centro de Recolha Oficial de Animais de Companhia (CROAC) de Anadia, com o descerramento de uma placa, pela presidente da Câmara Municipal de Anadia, Maria Teresa Cardoso, alusiva ao momento.
O evento contou com a presença do presidente da Assembleia Municipal de Anadia, Manuel Pinho, dos vereadores Jorge Sampaio e Lino Pintado, de vários presidents de Junta de Freguesia, do Coordenador Municipal da Protecção Civil, das Forças de Segurança da GNR, representantes de três associações de defesa animal, entre outros convidados.
Este novo espaço, com capacidade para 60 cães e 30 gatos, conta já com 12 animais recentemente recolhidos, visa alojar cães e gatos vadios ou errantes, encontrados na via pública ou em quaisquer lugares públicos, bem como animais perigosos que apresentem riscos para a segurança de pessoas ou outros animais. Um investimento municipal que rondou os 300 mil euros, tendo recebido um apoio de apenas 50 mil euros, no âmbito de uma candidatura apresentada aos fundos comunitários.
A presidente da Câmara Municipal, Maria Teresa Cardoso, sublinhou que o objectivo do CROAC “não é ser um hotel para animais, nem para recolher animais quando as pessoas já não os querem ou vão de férias. Serve para acolher animais errantes, que andam perdidos, que não têm dono, sem chip, dando- lhes assim algum tratamento digno”.
“O aspecto da adopção também vai ser trabalhado pelo Município”, adiantou a autarca, explicando que a comunidade vai ser convidada a visitar o local, bem como as crianças das escolas, por forma a “sensibilizá-los para esta causa”, considerando ainda que “se não houver adopção, ainda mais complicado se torna alargar a capacidade de acolhimento de mais animais”.
Maria Teresa Cardoso deixou uma palavra de agradecimentos às três associações de defesa animal presentes “pelo apoio e disponibilidade” que têm dado ao Município no acolhimento dos animais, bem como no processo da esterilização e da alimentação dos animais, assim como na articulação dos processos de adopção.
Lamentou o facto de os apoios, por parte do Poder Central, serem reduzidos. “Criam-se regras e diplomas, mas na verdade não existe qualquer apoio”, afirmou, adiantando que, por este motivo, “cabe ao Município de Anadia, de acordo com o seu orçamento, disponibilizar e criar as condições necessárias, dentro das suas limitações, para o tratamento e alimentação dos animais”.
A edil aproveitou a ocasião, para recordar a campanha de esterilização levada a cabo pelo Município no final do ano transato, em articulação com quarto Clínicas Veterinárias do concelho. Em perspectiva poderão estar novas campanhas deste género, pois, “se assim não for será sempre muito mais complicado controlar as espécies”, considerou.