O que têm em comum nomes como os de Hipátia de Alexandria, Marie Curie, Ada Lovelace ou Grace Hopper? Além de serem todas mulheres, destacaram-se pelo contributo que deram à Ciência, em domínios como a matemática, computação, química ou biologia.
As biografias destas quatro mulheres constam da exposição “Ciência no Feminino”, inaugurada nos claustros dos Paços do Concelho no Dia Internacional da Mulher. Organizada pela turma do 12.º CT3 da Escola Secundária Lima-de-Faria, no âmbito de uma parceria do Centro de Ciência Viva Rómulo da Universidade de Coimbra, esta
mostra traça uma perspetiva da evolução do papel de 29 mulheres na investigação científica e no ensino superior.
Na inauguração, o vice-presidente da Câmara Municipal, Pedro Cardoso, enquadrou a exposição do ponto de vista cultural e educativo, sublinhando um outro aspecto que não apenas o olhar retrospectivo, mas também que esta exposição “é uma forma de homenagear as cientistas portuguesas e o muito que têm contribuído para o desenvolvimento da ciência. Actualmente, representam 45% do total de investigadores no nosso país e é da mais elementar justiça reconhecer e enaltecer o papel fundamental que têm tido para o progresso da ciência e da tecnologia”, salientou.
Já o dinamizador do projecto, o professor João Luís da Costa Nunes, destacou o facto de surgir a oportunidade de dar a conhecer “mulheres que são desconhecidas da maioria das pessoas”, mas que contribuíram sobremaneira para a evolução da ciência.
Entre as biografias contam-se também as das primeiras mulheres a doutorarem-se em Portugal ou da primeira aluna a frequentar um curso completo na Universidade de Coimbra.
João Luís da Costa Nunes agradeceu a disponibilidade do Município de Cantanhede para acolher esta exposição que a 11 de Fevereiro, data em que se assinalou o Dia Internacional das Mulheres na Ciência, foi inaugurada na Secundária Lima-de-Faria pela presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio. “Estou certo que esta parceria com a Câmara Municipal, liderada por uma mulher, irá aprofundar-se”, acredita o docente, que no âmbito da sua investigação académica pretende “apertar a lupa” e encontrar informação sobre as mulheres de Cantanhede que frequentaram a Universidade de Coimbra até à década de 60.