 
A Cooperativa Bonifrates apresenta, amanhã (9), na Casa Municipal da Cultura em Coimbra, “Quero dançar o poente”, um espectáculo que fala do envelhecimento activo.
Esta iniciativa decorre a partir de relatos daqueles que, “no tempo da maior idade, continuam a acreditar que é possível continuar a criar” e tem direcção, dramaturgia e encenação de João Maria André.
O espectáculo “Quero dançar o poente” aborda o envelhecimento activo e criativo e foi construído “ouvindo e recriando relatos de projectos desenvolvidos por aqueles que, no tempo da maior idade, continuam a acreditar que é possível continuar a criar e a oferecer novos mundos ao mundo”, afirmou a companhia.
“’Quero dançar o poente’ é um espectáculo sobre a idade. A idade que ainda tem muita idade, ao longo do fio do tempo que se continua a enrolar e a desenrolar no fuso dos dias, das semanas, dos meses, dos anos”, afirmou o encenador do espectáculo.
Para João Maria André, nesta criação, a idade não é vista “como um fatalismo, em que se entra na última estação do comboio trágico da vida, mas como um processo que pode ser caracterizado pela mesma criatividade, a mesma alegria e a mesma capacidade de fazer que alimentam os sonhos das crianças e dos jovens”.
“Esta peça é, sobretudo, um hino à esperança que cintila com todo o seu fulgor na pele marcada pelas rugas do tempo e pelas cicatrizes da vida. Por isso, nela, através dos gestos de quem se recusa a acreditar que o amor tem prazo de validade, dançamos o poente como se fosse um nascer do sol todos os dias novo e todos os dias diferente”, frisou.
A peça, que tem 14 intérpretes, conta com música original de Luís Pedro Madeira e desenho de luz de Nuno Patinho.
Após a antestreia, a peça voltará ao palco da do Teatro-Estúdio da Bonifrates, na Casa Municipal da Cultura, a 12, 14, 17, 19, 26 e 29 de Janeiro de 2022, disse João Maria André.