Um estudo realizado por um docente da ESTeSC- IPC demonstra que a prática de desportos de impacto elevado é mais benéfica para o desenvolvimento ósseo do que a natação.
Óscar Tavares, autor da investigação e docente da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC), revelou que desportos como o futebol, basquetebol ou voleibol contribui para o aumento da densidade mineral óssea, sendo mais propícios para o desenvolvimento ósseo do que a prática de natação.
“Os desportos com elevado impacto são mais benéficos para os parâmetros ósseos, enquanto os parâmetros metabólicos (nomeadamente os lipídicos) parecem ser mais afectados pela prática de desportos como a natação”, explica Óscar Tavares, que apresentou ontem a investigação “Saúde Óssea, Prática Desportiva e Ciclo de Vida” em livro, numa sessão realizada na ESTeSC-IPC.
O docente realizou cinco estudos no âmbito da sua investigação – já publicados em revistas de referência – com o intuito de compreender a relação entre o exercício físico e os parâmetros de saúde óssea. Para concretizar essa pesquisa acompanhou adolescentes – do sexo masculino e feminino – praticantes de voleibol, basquetebol e natação, bem como um grupo de futebolistas adultos não profissionais. Os resultados mostram que, além de maior massa óssea, os grupos que treinam actividades de impacto tendem também a apresentar “mudanças positivas na geometria e qualidade do osso, proporcionando um aumento substancial da força óssea”, nota Óscar Tavares.
“A educação física e os programas desportivos devem incluir actividades aeróbias e anaeróbias que possibilitem melhorar os perfis sanguíneos dos jovens, no entanto é necessário algum cuidado na escolha do desporto mais indicado para melhorar a saúde óssea”, alerta o docente, frisando que, “embora factores como a genética, homeostasia hormonal e alimentação possam ser determinantes na Densidade Mineral Óssea, a prática de exercício físico parece ter uma influência considerável nessa variável”.
O estudo “Saúde Óssea, Prática Desportiva e Ciclo de Vida” foi realizado no âmbito da tese de doutoramento de Óscar Tavares, apresentada à Universidade de Beira Interior, em 2018.