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Associação Empresarial Serra da Lousã descontente com preços dos combustíveis

15 de Outubro 2021 Jornal Campeão: Associação Empresarial Serra da Lousã descontente com preços dos combustíveis

A AESL – Associação Empresarial Serra da Lousã exige medidas urgentes para colmatar os actuais preços dos combustíveis.

Segundo Carlos Alves, presidente da AESL “foram enviadas pela AESL a todos os responsáveis políticos, várias reivindicações sobre os actuais preços dos combustíveis e até agora não tivemos qualquer resposta ou esclarecimento ou tomada de posição”.

O preço do gasóleo já subiu desde Janeiro 38 vezes enquanto que o preço da gasolina já aumentou 30 vezes.

Estes aumentos estão a pôr em causa a sustentabilidade das empresas, a competitividade destas e, consequentemente, a tão desejada e aclamada retoma económica.

“Estes aumentos são insuportáveis e insustentáveis para todos os sectores de actividade, muitos dos quais estão ainda a recuperar das consequências da pandemia covid-19 e não aguentam agora esta escalada dos preços dos combustíveis”, afirma a Associação. Representando a AESL um território do pinhal interior, onde o peso das deslocações tem um custo demasiado elevado para as empresas e famílias, coloca-se neste momento “em cima da mesa” a continuidade de muitas empresas.  Segundo Carlos Alves, presidente da AESL “temos já alguns empresários a ponderar sair do país para continuarem a laborar e existem outros empresários sem capacidade financeira para manter a actividade, pois como são pequenas empresas, não conseguem reflectir no preço de venda, os actuais preços dos combustíveis, e os nossos governantes nada fazem. Se o Governo não tomar medidas imediatas o interior ficará ainda mais despovoado pois, sem empresas não teremos pessoas”.

Portugal, no último relatório de Bruxelas mostra que, depois de impostos, o preço médio da gasolina 95 praticado em Portugal é o quinto mais caro em toda a União Europeia. Já o gasóleo ocupa a 10.ª posição entre os países do espaço comunitário. Os mesmos dados mostram que a fiscalidade é o factor que mais pesa nos preços dos combustíveis em Portugal, sendo que actualmente 60% de valor do combustível é imposto.

“Não podemos esquecer que face a estes constantes aumentos dos preços dos combustíveis, em breve todas as famílias vão sentir um aumento generalizado dos preços de todos os bens e serviços, e todos os portugueses irão ‘pagar a inércia e irresponsabilidade do Estado Português’ ao manter para si uma ‘renda’ cada vez maior, ao não aceitar reduzir a percentagem de 60% do imposto que incide sobre o preço de dos combustíveis”, refere a AESL.