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Figueira da Foz vai reabilitar e conservar a Capela de Santa Eulália/Olaia

7 de Julho 2021 Jornal Campeão: Figueira da Foz vai reabilitar e conservar a Capela de Santa Eulália/Olaia

O Município da Figueira da Foz e a Sociedade Agrícola da Quinta de Foja assinaram, ontem (6), um contrato de comodato para a realização de Obras de Reabilitação e Conservação da Capela de Santa Eulália/Olaia.

A Sociedade Agrícola da Quinta de Foja S.A. fez-se representar pelos administradores Albano José de Saldanha Ferreira Pinto Basto, Bruno Carlos Pinto Basto Bobone e Manuel Pinto Basto de Novaes e Ataíde.

O contrato, vigente por 25 anos e renovável por igual período, estabelece a cedência dos Montes de Santa Olaia e Ferrestelo e também da Capela de Santa Olaia ao Município, que se compromete a efectuar, no prazo de cinco anos, obras de reabilitação e conservação da Capela. Incumbe também ao Município a regular manutenção e limpeza dos terrenos envolventes à Capela e a possibilidade de estabelecer percursos para visita, assim como a realização de trabalhos arqueológicos.

O presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, agradeceu a disponibilidade dos administradores da Quinta de Foja para permitirem a valorização de um “espaço icónico”, nove hectares “de grande importância em termos turísticos, arqueológicos e de conhecimento” que, “na realidade é de todos nós”.

“Hoje com este contrato podemos, entre fundos da Câmara e Fundos Comunitários iniciar a recuperação” de um espaço que tem “a maior importância”, referiu o autarca que salientou a relevância histórica do Monte de Santa Eulália e de Ferrestelo, talvez o “povoado fenício mais importante a norte da costa Atlântica”.

Carlos Monteiro não deixou de referenciar a importância da Quinta de Foja, “a maior propriedade a Norte do rio Mondego”, “em que temos o arroz carolino com origem demarcada, tão importante para nós” e a árvore mais antiga do concelho, um plátano de grande porte.

Bruno Bobone, administrador da Sociedade da Quinta de Foja S.A mostrou-se orgulhoso de estar presente na cerimónia, “um momento de grande importância”, quer para a autarquia quer para a Quinta de Foja, “uma instituição de referência que ao longo dos anos tem partilhado com a Câmara muitos momentos interessantes, muitas oportunidades de contribuir para o desenvolvimento desta terra”.

O administrador salientou a importância da Capela de Santa Eulália que, apesar de não ter acompanhado os 10 séculos de história da Quinta de Foja, é “um local de cultura, que merece ser trabalhado, que merece ser tratado e que merece ser visitado”.

O mesmo considerou a reabilitação e recuperação da Capela como um “grande projecto” e mostrou-se confiante de que finalmente se possa “transformar a Capela de Santa Eulália num marco, numa referência cultural da zona da Figueira da Foz” e que exista “cada vez mais a capacidade de informação sobre aquilo que lá se passou, sobre a história que lá se viveu, mas ao mesmo tempo partilhá-la com todos”.

Enfatizando o facto de a Quinta de Foja não ser “uma instituição virada nem ao turismo nem à cultura”, Bruno Bobone frisou que este foi o momento de entregar a Capela e os Montes “a quem melhor do que nós” pode aproveitar para investir, melhorar e tornar o espaço mais “atractivo, mais interessante e mais procurado”, e também torná-lo público, com acesso mais facilitado, “para que as pessoas possam de facto aproveitar toda aquela história”.