O Conselho Municipal de Cultura de Coimbra (CMCC) reuniu na quarta-feira (03), por videoconferência, para discutir alguns pontos fundamentais.
A reunião que foi presidida pela vereadora da Cultura da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, Carina Gomes, debateu a continuação da discussão sobre o “Estudo sobre práticas de participação cultural no Município de Coimbra”, realizado pelo Centro de Estudos Sociais (CES).
Realizado pelos investigadores do CES, e apresentado por Paulo Peixoto e Claudino Ferreira, este estudo vem demonstrar que a larga maioria (79%) da população de Coimbra atribui uma importância muito elevada à actividade cultural da cidade e revela que Coimbra regista um índice de prática cultural muito mais alto do que o conjunto do país.
Na ordem de trabalhos esteve também a apresentação da metodologia para a construção do plano estratégico no âmbito da candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura 2027 e a apresentação do “Pacto de Cidade”. Dois assuntos que, segundo a vereadora da Cultura, “ultrapassam muito o âmbito da candidatura”.
Carina Gomes demonstra-se confiante e convicta de que Coimbra “pode vencer”, mas que o caminho percorrido até lá chegar é muito relevante e que é fundamental “discutir e obter consensos relativamente às grandes linhas estratégicas”.
Recorde-se que o CMCC é um órgão consultivo que junta representantes de entidades culturais e personalidades de destaque nesta área.
O CMCC é considerado mais um passo importante na valorização da Cultura no município, que ao longo dos últimos anos tem aprofundado o diálogo com as diversas entidades culturais da cidade, de forma a ouvir os seus projectos, as suas ideias e aspirações.
De lembrar ainda que a autarquia alterou o modelo de financiamento e apoio ao associativismo cultural, que resultou num reforço da participação activa das associações e apostou na rede de equipamentos culturais, com destaque para a abertura ao público do renovado Convento São Francisco.
Este tem sido o caminho traçado que continua a passar por melhorar a articulação entre a autarquia e as diversas entidades culturais e é nesse sentido que surge a criação de uma instância municipal, de natureza consultiva, que promova a discussão e a apresentação dos mais diversos programas e actividades culturais.