A Comissão Política Concelhia de Coimbra do PS considerou que o seu contributo anterior “ficou quase na totalidade ausente” do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), pelo que reitera as propostas de investimentos estratégicos.
Após a análise ao PRR, a Concelhia de Coimbra do PS considerou que a proposta que esteve em consulta pública é “insuficiente em termos de resposta infraestrutural e pobre em capacidade descentralizadora e impulsionadora de uma verdadeira coesão territorial”.
“Esta análise não se remete meramente a uma posição ‘bairrista’ de defesa do nosso concelho e da nossa região, é uma posição que contempla um descontentamento e desilusão perante os objectivos e investimentos no distrito e em toda a Região Centro”, considera do PS.
O órgão socialista, liderado por Carlos Cidade, reitera a necessidade dos seguintes investimentos: Concepção do Hospital Geral Central dos Covões, garantindo a sua autonomia, independência e capacidade de resposta; Construção da Nova Maternidade em Coimbra, nos Covões; Conclusão da A13; Reabilitação do Tribunal de Coimbra; Concretização e ampliação do Metro Mondego; Nova Estação de Coimbra B (ligação à Alta Velocidade); Aeroporto da Região Centro; Criação da Plataforma Logística de Coimbra (Coimbra-Mealhada).
“É ainda nosso dever realçar a ausência de propostas na área dos apoios às entidades desportivas e culturais que são o esteio da nossa vida comunitária e que se encontra gravemente fragilizados com esta crise pandémica”, considera a Concelhia do PS, acrescentando que “Coimbra tem este dever acrescido com a importância desportiva que alcançou a nível nacional e internacional e em termos culturais com a Candidatura à Capital Europeia da Cultura 2027”.
Realça-se, ainda, que “para além dos apoios directos às instituições e profissionais deste sector, é importante verificar novos investimentos infraestruturais como no Centro de Arte Contemporânea de Coimbra e na Casa da Canção e do Fado de Coimbra”.
O PS de Coimbra diz compreender “o excelso trabalho que está feito em matérias transversais como a digitalização do parque informático das escolas, hospitais e serviços públicos (com investimento agregado na formação para as novas competências digitais) e a forte aposta na descarbonização das frotas da administração pública central, autárquica e outras, à qual se agrega o investimento nos transportes públicos e na ferrovia”, mas aponta a “pouca incidência desse investimento fora das Áreas Metropolitanas”.
O documento socialista realça, ainda, “o investimento patente em matérias de saúde na rede de cuidados continuados e paliativos”, assim como “a clara aposta transversal nas infraestruturas de saúde, se bem que pouco claro na localização desse investimento, principalmente ao nível dos interesses do concelho de Coimbra e da Região Centro”.
O PS de Coimbra conclui que, “apesar de alguns pontos positivos, o documento colocado a consulta pública tem uma elevada incidência nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto e nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, que claramente promove uma maior desigualdade para com as restantes regiões do país e um catalisador de uma menor coesão territorial, o que será um dos grandes motores de afastamento das pessoas das instituições políticas e democráticas e promovendo instabilidade social e descontentamento territorial”.