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Conselho Empresarial da Região de Coimbra alerta para falhas graves no PRR

1 de Março 2021 Jornal Campeão: Conselho Empresarial da Região de Coimbra alerta para falhas graves no PRR

As associações que em consócio formam o Conselho Empresarial da Região de Coimbra (CERC) alertam para o esquecimento desta região e das suas empresas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Na perspetiva do CERC, a salvaguarda dos postos de trabalho e rendimento familiar obtém-se através de uma aposta clara nas empresas. O número de trabalhadores em Portugal é de aproximadamente 4.8 milhões, empregando o Estado cerca 700 000 trabalhadores (15%) e os restantes (85%) desenvolvem a sua actividade profissional no sector privado. As Micro e PMEs são as maiores empregadoras do País e a Indústria a que movimenta os maiores volumes de negócios.

Para uma retoma económica sustentada é imprescindível a atribuição de apoios a fundo perdido a todos os sectores empresariais, com foco nas Micro e PME `s, sem esquecer as que viram a sua actividade condicionada durante os diversos estados de emergência, por consequência do plano de contingência. Em vez disso, o estado vai aplicar a grande parte dos 50 000 milhões de euros, a fundo perdido, em investimentos públicos e para as empresas apenas está a ser considerado um valor residual de cerca de 1 250 milhões de euros, nos quais se incluem os valores da vertente de empréstimos.

Em comunicado, o CERC considera que o apoio a fundo perdido à tesouraria das empresas “seria justo e o melhor investimento para uma rápida e desejada retoma económica, porque são elas as maiores empregadoras e simultaneamente as que mais contribuem para a sustentabilidade do Erário Público”. Reforçando que “são imprescindíveis mais investimentos na região de Coimbra, numa lógica de equidade territorial” e neste ponto reitera a posição da Região de Coimbra (CIM).

Este plano, elaborado pelo Professor António Costa Silva, é o documento que sustenta a proposta portuguesa para a utilização das verbas provenientes da apelidada “bazuca europeia”. Estão previstos investimentos em três dimensões estratégicas: resiliência, transição digital e transição climática. Estas dimensões são concretizadas através de 19 componentes que integram por sua vez 36 reformas e 77 investimentos.

Portugal poderá aceder a um envelope financeiro sem precedentes, que atingirá os 50 000 milhões de euros em subvenções, a fundo perdido, a que poderão somar-se previsivelmente cerca de 14,2 M€ na modalidade de empréstimos.

Este instrumento financeiro tem na sua génese a manutenção de postos de trabalho das empresas, evitando a destruição irreversível de empregos e da capacidade produtiva do país, limitando também a perda de rendimentos das famílias.