Associação empresarial tem propostas para revitalizar região de Coimbra

A Associação Empresarial da Região de Coimbra (NERC) criticou, hoje, uma alegada “visão centralista” do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e apresentou propostas para a revitalização económica da região.

Em comunicado, a NERC considera “especialmente grave” que o PRR “acentue cada vez mais uma visão macrocéfala e centralista de desenvolvimento das duas grandes áreas metropolitanas”, de Lisboa e Porto, “ignorando e esvaziando mais uma vez” o Centro de Portugal.

Sobre a área de Coimbra, aquele instrumento do Governo, em fase de consulta pública, “não demonstra inequivocamente um apoio à revitalização económica de todos os sectores empresariais, com especial enfoque no comércio, turismo e serviços”, afirma.

Reforçando “propostas já apresentadas aos organismos regionais”, a Direcção da associação, liderada pelo empresário Horácio Pina Prata, defende um “programa regional para a recuperação” dirigido ao desenvolvimento da economia local e regional, que promova “a modernização de unidades produtivas, com enfoque no comércio, serviços e turismo”, enquanto “sectores mais afectados pela pandemia” da covid-19.

Esse programa deve apoiar a “reestruturação dos negócios”, a “mudança de actividade” e a “integração das tecnologias digitais no modelo de negócio”.

A NERC, por outro lado, recomenda uma “aposta em recursos endógenos de elevado potencial”, bem como a necessidade de “assumir a economia da saúde e a economia social como vectores estratégicos” para o distrito de Coimbra e a região Centro.

Com sede na cidade do Mondego, a associação “declara-se ainda solidária” com a posição do Conselho Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, divulgada na quinta-feira (25), ao alertar que o PRR “esquece projectos estratégicos e prioritários” para este território.