A Subcomissão Distrital de Protecção Civil Especializada Covid-19 decidiu desactivar, desde ontem (24), a Estrutura de Apoio de Retaguarda do Centro de Saúde Militar de Coimbra (EAR-CSMC), dado o desagravamento da situação epidemiológica covid-19, “não obstante de a reactivar caso haja necessidade para tal”.
Segundo a Protecção Civil, desde o dia 25 de Janeiro, esta Estrutura acolheu 40 utentes, sendo 25 do género feminino e 15 masculino, doentes encaminhados pelo Centro Hospitalar e Universitário
de Coimbra – CHUC (32 utentes), pelo Hospital Distrital da Figueira da Foz (quatro utentes) e outras unidades hospitalares (outros quatro utentes). Na maioria dos casos tratavam-se de doentes acamados ou com elevado grau de dependência.
O balanço desta Unidade revela que, ao longo de 30 dias, por ali passaram 21 médicos, 28 enfermeiros, dois fisioterapeutas, dois assistentes sociais, 20 auxiliares e 30 voluntários (de diversas áreas).
A EAR-CSMC foi dinamizada pela Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), pela Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (Comando Distrital de Operações de Socorro de Coimbra) e pelo Instituto de Segurança Social I.P. (Centro Distrital de Coimbra), entidades responsáveis pelo funcionamento da infraestrutura, nomeadamente na aquisição de equipamentos e contratualização de profissionais e serviços hospitalares.
“A operacionalização da EAR-CSMC só foi possível graças às excelentes infraestruturas cedidas pelo Exército Português, que vem evidenciar as potencialidades daquela Unidade Militar em matéria de cuidados de saúde hospitalares”, refere a Protecção Civil, notando que o “Centro de Saúde Militar encontra-se em óptimo estado de conservação e devidamente equipado, facto que permitiu usufruir das instalações sem necessidade de investimentos adicionais”.
A entidade coordenadora destaca, ainda, a colaboração da Cruz Vermelha Portuguesa pela alocação de profissionais de saúde, cuja carência era evidente em toda a região, assim como o contributo do CHUC, pelo fornecimento de serviços hospitalares (refeições, serviços de limpeza das instalações, serviços de lavandaria e medicação).
A Protecção Civil deixa, ainda, “um agradecimento ao Município de Coimbra por ter assumido o alojamento dos profissionais da EAR-CSMC e pela permanente colaboração”.