Vivemos, actualmente, numa sociedade polarizada, com uma batalha clara entre o primado do indivíduo e o da comunidade. É uma guerra interna da própria condição humana, preocuparmo-nos mais connosco e com o que nos rodeia em proximidade do que nos preocupamos em dar um pouco de nós.
Foi uma batalha semelhante, a que observamos nas recentes eleições americanas, entre a verdade e a mentira, entre os egocentrismos e os altruísmos. Entre aqueles que se querem aproveitar dos difíceis tempos que vivemos e os que se batem para ultrapassarmos, neste período, juntos.
Há quem diga que é a batalha ideológica, mas é mais do que isso, é a batalha ética e moral que nos é imposta enquanto cidadãos.
Enquanto constatar que há quem jogue com a normalização de partidos e movimentos de extrema direita, que há quem queira pôr em causa a liberdade e igualdade, que nos acompanha neste difícil caminho da coesão social ,que há quem queira reavivar os tempos negros, que tanta dor e pobreza trouxeram a Portugal… direi sempre: Presente, para ajudar a que esses não singrem! Não me abstenho do meu dever cívico, dever, esse, que numa eleição presidencial ganha uma dimensão própria, uma análise muito intrínseca, de quem queremos ver a representar a nossa visão de País.
Hoje é o dia de assumir a minha camaradagem, a minha admiração pelo percurso e carácter, a minha visão comum de ambição pelo socialismo democrático. Portugal merece ter uma Presidente da República que seja o reflexo de uma sociedade que ambicionamos. Como socialista, não poderia decidir de outra forma, como português também não.
Apoio Ana Gomes, para Presidente da República Portuguesa.
(*) Presidente da Comissão Política Concelhia de Coimbra do PS