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ADFP confirma casos de covid-19 na instituição e realização de testes de diagnóstico

13 de Novembro 2020

A Fundação ADFP, de Miranda do Corvo, confirma que a instituição registou, até ao momento, mais de uma dezena de casos de covid-19 e revela que estão a ser realizados testes diagnóstico a utentes e funcionários.

Segundo a Fundação, “o primeiro caso aconteceu por contágio na escola de Miranda; outro surgiu numa colaboradora residente na freguesia de Semide; duas outras colaboradoras – uma residente em Miranda e outra em Penela – deram positivo em testes de rastreio que a Fundação tem vindo a realizar de forma preventiva”, adiantando contudo que “o caso mais problemático surgiu numa colaboradora residente na Lousã (terá sido contagiado por um familiar) tendo contagiado quatro outros colegas da equipa de trabalho”. Registou-se, ainda, um outro caso de um jovem infectado na tropa em Tomar.

A ADFP revela que, no total, conta com 800 colaboradores, a larga maioria a trabalhar no concelho de Miranda e, nas oito residências colectivas pertencentes à Fundação, todas no concelho de Miranda do Corvo, residem cerca de 450 pessoas.

“Numa residência (Unidades de Cuidados Continuados) surgiram inicialmente dois doentes, uma pessoa que tinha sido admitido há dias e outra que faz tratamentos de hemodiálise três dias por semana em Coimbra. No seguimento destes dois surgiram mais três casos (num total de cinco doentes infectados) que estão todos internados nos CHUC”, nota, ressalvando que “nesta Residência todos os utentes e colaboradores, num total de 130 pessoas, fizeram esta sexta-feira (13), testes de diagnóstico no Hospital Compaixão”.

“É provável que durante a próxima semana todos os colaboradores do Centro Social Comunitário (quase 400) façam análises de rastreio de forma preventiva”, realça.

Desde o início a Fundação tem estado “a seguir as orientações da Autoridade de Saúde regional uma vez que Miranda não tem delegado de Saúde, desde quarta-feira que tem havido diálogo com o senhor presidente da Câmara Municipal” e “perante o agravamento da situação em Miranda e no país era previsível que os colaboradores da Fundação não ficassem imunes”.

Jaime Ramos, presidente da ADFP, salienta, no entanto, que “só agora, após tantos meses, a covid entrou nos muros da instituição, facto que mostra os cuidados que todos os colaboradores têm tido para evitar contágios”. “Recordamos que os trabalhadores das Instituições de Solidariedade Social são os que têm estado na primeira linha dos cuidados às pessoas mais vulneráveis e idosas. Na Primavera, a Fundação defendeu que as trabalhadoras dos lares deviam ser alvo de uma homenagem nacional pela forma dedicada e profissional como cuidam de quem mais precisa. Voltamos a recordar que fazem um trabalho fundamental que deveria ter maior reconhecimento por parte dos políticos e da população”, conclui.