Temos o Estado, o estado da arte, o estado de graça, o estado de alerta, de calamidade, de contingência, de sítio e de emergência, assim como o estado a que isto chegou.
Estamos a falar da situação de pandemia pelo novo coronavírus, que em Portugal também está a atingir proporções que todos desejam não se tornar incontroláveis, agravando os efeitos nefastos que já se fazem sentir.
Com tantas excepções ditadas pelo Governo acabamos por chegar a um estadozinho de emergência, para que se não se morrer do mal, não se venha a morrer da cura. Ora acontece que as duas situações já se verificam.
Para situações excepcionais tomam-se medidas excepcionais e as que temos, no dizer do Presidente da República, são uma maioria de pelo menos dois terços para aprovar um estado de emergência “muito limitado”.
Perante este limite, é o próprio Marcelo Rebelo de Sousa que faz contas e diz que de acordo com “os modelos puramente matemáticos” Portugal poderá ter uma duplicação do número de infectados a cada 15 dias, o que daria entre oito mil, nove mil, dez mil no final deste mês.
Para o que tem corrido mal, com erros, atrasos, contradições, ziguezagues, a culpa, pelo menos desta vez, não morre solteira. Marcelo Rebelo de Sousa afirma: “Eu sou o maior responsável pelos erros, porque o Presidente da República é o maior responsável por aquilo que corre mal em Portugal”.
Este coronavírus é mesmo levado da breca. Todos à espera da segunda vaga na transição para o Inverno e ele veio logo do Verão para o Outono, só para estragar o Natal e o Fim de Ano.