O Museu PO.RO.S – Portugal Romano em Sicó, Condeixa-a-Nova, em parceria com o Museu da Luz, inaugura no próximo dia 29 de Outubro a exposição “38º 21′ N 07º 24′O – Castelo da Lousa”, dedicada ao lugar onde fora erguida aquela edificação romana, entretanto submersa pela construção da barragem do Alqueva.
A identificação do lugar do Castelo da Lousa, na freguesia da Luz, no concelho de Mourão, distrito de Évora, é hoje possível apenas a partir das suas coordenadas geográficas, 38º 21′ Norte 07º 24′ Oeste, que dão título à exposição. A precisão da sua localização remete para uma singularidade geológica, topográfica e arquitectónica, que se desenhou, durante milhares de anos, com o curso do rio Guadiana. Esta exposição procura reunir e dar visibilidade a documentação dispersa resultante de vários registos captados ao longo do tempo e às memórias que ainda habitam, e importa fixar, em quem vivenciou e sentiu o carácter daquele lugar e dos percursos que a partir dele se geravam.
A mostra socorre-se de uma série de discursos expositivos, colocados em paralelo, criando leituras complementares, a partir de vários suportes de comunicação como o desenho, a maqueta, a fotografia, o texto, os objectos, a imagem vídeo ou a escultura.
“Através de uma janela virada a sul, viaje até estas terras, hoje submersas pelas águas de Alqueva, desvendando memórias e segredos e regresse através da janela virada a sul, não esta, mas a outra, a desse museu que guarda a memória de um passado que não volta e que permanentemente vigia uma aldeia que já não mora ali”, lê-se na apresentação da exposição, exibida pela primeira vez em 2015 no Museu da Luz e que será agora reposta no Museu PO.RO.S, em Condeixa-a-Nova.
A exposição “38º 21′ N 07º 24′O – Castelo da Lousa” é uma organização do Museu PO.RO.S, “um museu do futuro, que quer fazer presente um passado histórico da nossa herança cultural” e o Museu da Luz, “Uma obra para o futuro, que cristalizou um presente que se fez passado, num museu contemporâneo inspirado num sítio arqueológico de referência para o território da Luz”. A unir estes dois espaços museológicos está uma “matriz genética que remonta ao Império Romano, que une todo um território e que nos devolve uma ancestralidade cultural comum: a Lusitânia. Aqui Conímbriga, a Sul a Lousa, o Castelo da Lousa”.
Nuno Moita, presidente da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova, preside à inauguração da exposição no museu PO.RO.S que “se assume cada vez mais como um centro de cultura, recebendo exposições de assinalável riqueza no contexto da cultura nacional”.