O partido Volt Portugal pronunciou-se em relação ao modelo apresentado na Visão Estratégica para a Região Centro 2030, mostrando o seu desagrado, uma vez que vem alterar a forma como os Fundos Estruturais Europeus são geridos.
Segundo esta força política, “estes documentos regionais penhoram de forma equivocada o futuro de cada região para os próximos 10 anos. Nestes documentos não vemos coragem, nem planos delineados com foco, objectivo, indicadores de desempenho, ferramentas de escrutínio e controlo ou princípios de boas práticas de gestão pública”, acrescentando que “houve a preocupação de ser um concertador de poderes e apenas isso, começando já por limitar a entrada de outros decisores externos, em contrapartida, aos políticos de carreira”.
O Volt Portugal considera, ainda, que estes documentos “não resolvem os problemas reais das populações de cada região: como o empobrecimento, a desertificação, a falta de perspectivas de futuro e a fixação de populações jovens no interior, a fuga de ‘cérebros’, o turismo de passagem, a falta de investimento em tecnologias, a falta de acesso à arte, cultura e educação. Isto é, continuaremos a divergir das principais regiões da Europa”.
O partido propõe:
– Manter uma estratégia de coesão e desenvolvimento em cada região (NUT II e NUT III), assente em princípios Europeus, boas práticas de gestão e alinhamento europeu;
– Entidades que façam gestão de fundo e a fiscalização da sua aplicação devem ser independentes de forças políticas, com membros de notório conhecimento e mérito, bem como, processos de análise transparentes baseados em regras claras e não ideológica;
– Garantir que projectos se traduzam na fixação de população, sobretudo jovem, bem como da população formada na região;
– A criação de infraestrutura deve ser coerente e pensada numa óptica da necessidade da região, do país e do contexto europeu, para não sermos fadados a “ilhas” isoladas.
Volt “é um movimento progressista pan-europeu que quer mudar a forma de fazer política e moldar o futuro da Europa”, sendo “hoje também o 25.º partido político em Portugal”.