A “profunda degradação do edificado” na Escola Eugénio de Castro, em Coimbra, é uma das constatações feitas pelo PSD após uma visita àquele estabelecimento de ensino e motiva críticas à Câmara.
Na Escola Eugénio de Castro, que conta com cerca de 1 000 alunos, “constatámos, in loco, a profunda degradação do edificado, a falta de pessoal não docente, ou a não disponibilização dos recursos digitais (com excepção da oferta de tablets efectuada pela Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais)” – referem Carlos Lopes, presidente concelhio do PSD, e Paulo Leitão, vereador e deputado, após uma visita acompanhados por António Couceiro, professor e director do agrupamento.
Segundo o dirigente partidário e o vereador, “todas estas questões são agudizadas diariamente pela falta de coordenação no processo de transferência de competências para o Município de Coimbra, que parece ainda não ter percebido a gigantesca responsabilidade que tem em mãos e que não basta transferir verbas para as escolas e depois desaparecer”.
“Durante a reunião do Executivo municipal, a postura evidenciada pelo presidente da Câmara, quando confrontado com as declarações do vereador Paulo Leitão relativamente à falta de vontade e capacidade política em reabilitar escolas no concelho de Coimbra (em comparação, por exemplo, com Aveiro e Castelo Branco que tiveram o engenho de contratualizar com o estado a reabilitação de quatro estabelecimentos de ensino), é revelador da incapacidade de gerar sinergias, consensos e soluções de curto ou médio prazo, com o próprio Estado central”, refere o PSD.
Os social-democratas dizem, também, “não aceitar que o vereador da Educação deste executivo socialista e comunista afirme publicamente que a Câmara de Coimbra não pode ser submissa perante o Estado, relativamente às Escolas”. “Ora, são afirmações que envergonham todos aqueles que responsavelmente exigimos investimento nas escolas, dando-lhes condições dignas, porque o dinheiro necessário vem todo do mesmo bolso, do nosso bolso, do bolso dos contribuintes”, acrescentam.
O PSD refere que “vem, mais uma vez, exigir que sejam disponibilizadas, no imediato, verbas para os projectos de execução dos estabelecimentos de ensino mais degradados e prioritários, como sendo as escolas José Falcão e Eugénio de Castro, e que de uma vez por todas a Câmara e o Estado central assumam o compromisso de valorizar, com obras, toda a comunidade escolar”.