Alfredo Simões ( Núcleo Empresarial de Penela), Carlos Alves (Associação Empresarial Serra da Lousã), Paulo Carvalho (Associação Empresarial de Poiares) e Hugo Serra (Clube de Empresários de Miranda do Corvo)
As associações empresariais da Lousã, Poiares, Miranda do Corvo e Penela solicitam “veementemente que o Governo cumpra com as suas promessas e que atribua urgentemente a dotação prometida, para fazer face a todas as candidaturas submetidas ao Programa “+CO3SO”.
Os empresários consideram que as verbas disponíveis para o território que as mesmas abrangem permitem apenas apoiar a criação de cerca de 25 postos de trabalho, e sendo esta “uma medida fundamental para combater o desemprego crescente, resultante da pandemia de covid-19, bem como uma acção que obrigará um dispêndio de recursos financeiros prolongado no tempo (3/4 anos) e não imediato, é sem dúvida a opção mais responsável e assertiva, dado o actual contexto”.
“Consideramos também importante que os recursos humanos dos GAL e da CCDRC sejam reforçados, de forma que os processos sejam analisados de forma mais célere e ágil, evitando que as empresas aguardem demasiado tempo por uma resposta. E, essencialmente, que o Governo cumpra com os prazos que estipula, para que deste modo os empresários e empreendedores sintam confiança no futuro da economia e do país”, adiantam as quatro associações empresariais.
Segundo afirmam, “desde a apresentação do programa verificou-se que as verbas disponíveis para ‘+CO3SO’ eram muito reduzidas, face ao valor do apoio definido para cada posto de trabalho a criar. Desde o início que defendemos apoios menores, por exemplo em vez de 40 000 euros de apoio poderia o apoio ser de 20 000 euros e assim já seria possível apoiar a criação do dobro dos postos de trabalho”.
Os empresários aproveitam, contudo, para “congratular todos os empresários do território que, no âmbito do ‘programa +CO3SO’, mostraram uma grande dinâmica e vontade em ultrapassar a crise, pelo elevado número de candidaturas apresentadas a esse programa”, sublinhando que a vertente do programa para o Interior “permite apoiar as empresas que aumentem postos de trabalho, no custo com os seus recursos humanos, podendo estas, por um período de três anos, receber apoios entre os 40 000 e os 60 000 euros por cada posto de trabalho criado.
As candidaturas para a 1.ª fase deste programa fecharam no passado dia 15 de Setembro de 2020, altura em que se verificou que as candidaturas apresentadas neste território representam a intenção das empresas em criar mais de 250 postos de trabalho, número muito motivador e que traduz o espírito empreendedor do nosso território”, notam.
“A nível nacional a tendência é semelhante, ou seja, foi alocada a esta medida uma dotação orçamental de 90 milhões de euros e as candidaturas submetidas englobam necessidades de financiamento de mais de 480 milhões de euros”.