Nas eleições presidenciais de 2016 foram 10 os candidatos a presidente da Republica e para as próximas já existe muita admiração de a seis meses do fim do mandato de Marcelo Rebelo de Sousa já termos oito protagonistas.
No sufrágio passado, dado que Cavaco Silva não se recandidatava, as eleições pareciam mais apetecíveis do que as próximas, onde se advinha uma reeleição para um segundo mandato (como tem sido habitual) do Professor Marcelo.
Acontece que um acto eleitoral nacional é uma montra apetecível que está ao dispor de quem deseja protagonismo, ou das forças políticas para se promoverem, pelo que os candidatos são sempre muitos, desde que se tenha assinaturas (mínimo de 7 500) e dinheiro para suportar a campanha.
Assim temos, para além de Marcelo Rebelo de Sousa, o líder e deputado único do partido Chega, André Ventura. Seguiram-se, no final de Julho, as manifestações de vontade de concorrerem a Belém do advogado e fundador da Iniciativa Liberal Tiago Mayan Gonçalves e do presidente do Partido Democrático Republicano (PDR), Bruno Fialho.
Mas foi na semana em que o actual chefe do Estado entrou no último semestre do seu mandato que a eurodeputada e dirigente do BE Marisa Matias anunciou que voltaria a concorrer às presidenciais, depois de em 2016 ter conseguido o terceiro lugar, com 10,12% dos votos.
Seguiu-se Vitorino Silva (mais conhecido por Tino de Rans), que disse ir novamente a votos, mas pretende que a disputa se realize apenas na Primavera, para proteger os idosos da covid-19.
Veio também a ex-eurodeputada socialista Ana Gomes apresentar a sua candidatura a Presidente da República. Apesar de contar já com apoios dentro do PS (Francisco Assis e Daniel Adrião), a diplomata não tem garantido o apoio formal dos socialistas.
No Porto foi apresentada uma outra pré-candidatura a Belém, a do ex-militante do CDS Orlando Cruz, que já por três vezes no passado fez este anúncio, mas que nunca chegou a formalizar o processo.
Finalmente, o PCP aprovou o nome do eurodeputado João Ferreira como candidato às presidenciais de 2021, uma “batalha exigente”” em que os comunistas recusam uma desistência para outro candidato à esquerda.
Será o “Passeio dos Alegres”, ou, como cantou Zeca Afonso: “Venham mais cinco duma assentada que eu pago já (…) Não me obriguem a vir para a rua gritar, que é já tempo d’embalar a trouxa
e zarpar”…