A AjudAjudar – Associação para a promoção dos direitos das crianças e jovens tornou-se, este sábado, em Coimbra, oficialmente uma associação que pretende afirmar-se como um motor da defesa e promoção dos direitos das crianças em Portugal.
Um grupo informal de profissionais de diferentes áreas preocupados com o esperado aumento da violência doméstica contra as crianças iniciou um movimento durante o período de confinamento. Cresceu nas redes sociais, onde já tem mais de 4 100 seguidores.
Ainda durante as primeiras semanas de confinamento, este grupo organizou um abaixo assinado, subscrito por 771 pessoas, que pretendia alertar as entidades com responsabilidade em matéria de infância e juventude para os riscos acrescidos que representava o isolamento físico das famílias, dificultando a identificação de casos de maus tratos e abusos sexuais.
Desde esse momento os membros do grupo fizeram diversas propostas a diferentes entidades no sentido de tornar mais fácil a identificação e sinalização de maus tratos e abusos contra crianças e jovens.
AjudAjudar iniciou, mesmo antes da sua constituição em associação, um conjunto de reuniões com diversas entidades e personalidades, nomeadamente com a maioria dos grupos parlamentares.
Em paralelo, deu início a uma campanha digital que visa dar a conhecer os direitos das crianças e organizou até ao momento sete sessões online (https://www.youtube.com/channel/UC_a-XAMQ7JB0XnawhDQIehA) sobre diversos assuntos relacionados com os direitos das crianças em diferentes contextos, estando prevista a realização de mais duas ainda este mês.
Nas últimas semanas, a AjudAjudar encabeçou a contestação à orientação da DGS que obrigava crianças e jovens à entrada nas casas de acolhimento a um isolamento de 14 dias, mesmo com teste ao covid-19 negativo e sem sintomas e terminou na passada segunda-feira com a publicação de novas orientações destinadas a esta população.
Tal como o seu nome indica, a AjudAjudar pretende trabalhar em articulação com outras entidades, públicas e privadas, com responsabilidades em matéria de infância e juventude, estabelecer parcerias que permitam acções conjuntas e a partilha de recursos, visando a persecução de objectivos partilhados.