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PSD questiona encerramento da Consulta Aberta no Hospital de Cantanhede

11 de Setembro 2020

Os deputados do PSD entregaram um requerimento dirigido à ministra da Saúde, questionando se vai ser revertida a decisão de encerramento da Consulta Aberta no Hospital do Arcebispo João Crisóstomo, em Cantanhede.

Segundo os oito deputados do PSD que levantaram a questão, “os utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) servidos pelo HAJC foram recentemente surpreendidos com o encerramento da Consulta Aberta existente no referido hospital, a qual era assegurada há mais de uma década pelos médicos do Centro de Saúde de Cantanhede, nos termos do acordo celebrado pelo Ministério da Saúde, pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro e pela Câmara Municipal de Cantanhede”.

Segundo os deputados social-democratas, “a consternação da população é ainda maior quando se recorda que a referida Consulta Aberta foi instituída por um Governo do Partido Socialista, em 2007, como contrapartida pelo encerramento do então Serviço de Urgência do HAJC, e que esse executivo se comprometera com a existência e manutenção de uma resposta minimamente satisfatória para atendimento das situações de enfermidade urgentes e emergentes, o que manifestamente deixou de suceder naquela unidade hospitalar do SNS”.

“Não é aceitável pretender-se fazer crer que a Consulta Aberta continua a funcionar no Centro de Saúde quando, na verdade, como bem o denunciou a Câmara de Cantanhede, só há atendimento por marcação aos fins-de-semana e feriados, das 10h00 às18h00, em qualquer caso sem os serviços de análises clínicas e de eletrocardiografia, absolutamente indispensáveis para o diagnóstico em situações agudas”, referem.

Os deputados do PSD querem saber se “o Governo reverte a decisão de encerramento da Consulta Aberta no Hospital do Arcebispo João Crisóstomo e, nesse caso, a partir de que data”, assim como qual “os reforços de profissionais, especialmente de pessoal médico e de enfermagem, estão ou vão ser previstos para o Hospital do Arcebispo João Crisóstomo, bem como para as Unidades de Saúde Familiar e Extensões de Saúde do Baixo Mondego e do Baixo Vouga”.

António Maló de Abreu, Mónica Quintela, Paulo Leitão, Rui Cristina, Sandra Pereira, Cláudia Bento, Pedro Alves e Fernanda Velez desejam também saber “que mecanismos de referenciação de doentes vão ser criados com vista a optimizar a ocupação de camas de cuidados continuados e paliativos”.