O PO.RO.S – Museu Portugal Romano em Sicó, Condeixa, recebe este sábado (12), às 17h00, a apresentação do catálogo e a inauguração da exposição “Fernando Namora caricaturista”, da autoria de Paulo Marques da Silva, historiador e membro da Comissão Cultural da Casa Museu Fernando Namora.
A cerimónia contará ainda com a presença de Osvaldo Macedo de Sousa, especialista em História de Arte na área do ‘cartoon’ e o cartoonista José Oliveira.
O trabalho de pesquisa realizado pelo condeixense e historiador Paulo Marques da Silva sobre as caricaturas de Fernando Namora, que resultou em mais de cento e oitenta caricaturas recolhidas e comentadas, visa apresentar outras dimensões ou facetas artísticas desconhecidas ou pouco conhecidas do percurso e intervenção cultural da obra de Namora.
O catálogo da exposição “Fernando Namora caricaturista” que será também apresentado este sábado centra-se exclusivamente nas caricaturas académicas, cuja recolha diz respeito aos anos lectivos de 1936/37 e de 1941/42, período temporal que reflecte a duração do seu próprio curso universitário. Trata-se de uma colecção de 181 caricaturas, as quais apresentam breves comentários e enquadramentos. Para além desta recolha, este catálogo apresenta também um texto de enquadramento que corresponde a uma introdução da temática, onde se privilegia a perspectiva histórica, algumas considerações sobre a caricatura, breves notas sobre a sua história em Portugal, o impacto da acção da censura sobre a arte e a “relação” de Fernando Namora com as suas caricaturas.
No último ano, com o desenvolvimento das comemorações do Centenário do Nascimento de Fernando Namora, foram promovidos alguns dos mais importantes acontecimentos associados à Casa Museu Fernando Namora e ao notável escritor cujo nome perpetua. O ciclo de filmes dedicado a Namora pela Cinemateca Portuguesa, a inauguração da exposição “Fernando Namora: Itinerário de uma Vida, Geografia de uma Obra” e a apresentação do seu catálogo, o Congresso Internacional “Fernando Namora: ‘E não sei se o mundo nasceu’”, que se desenrolou entre Lisboa, Vila Franca de Xira e Condeixa-a-Nova, constituíram mais três momentos destacados desse itinerário comemorativo que não pôde, todavia, ser encerrado como previsto, devido às contingências da pandemia da covid-19.