A NERC realizou, no decorrer do último mês, o inquérito “Impacto da covid-19 nas Empresas da Região de Coimbra”, com o objectivo de ter uma base concreta para retratar a situação implicada pela crise, avaliando o efeito das medidas tomadas e as que devem ser propostas.
A recolha de dados foi feita por formulário online e entrevista presencial, preservando a semelhança entre o perfil da amostra e o da população.
A Direcção da NERC decidiu tornar público os resultados do inquérito que, segundo a Associação, “mostram claramente a necessidade de colaborar com o Governo e com as entidades regionais de modo a que o apoio às empresas seja mais efectivo, corrigindo os erros já identificados e, tendo em especial conta a possibilidade do agudizar da crise pandémica”.
Principais resultados do Inquérito:
– 65% das empresas suspendeu a actividade
– 46% destas empresas recorreu ao ‘layoff’ simplificado
– 21% das empresas mantiveram trabalhadores em teletrabalho.
– 61% das empresas recorreram a medidas de apoio à Economia
– 81 % dos inquiridos não acedeu por falta de dotação pelo Governo do programa “Adaptar”
– 32% das empresas não recebeu atempadamente os apoios previstos pelas medidas do Governo
– 80% das empresas responderam que os apoios do COVID-19 não são suficientes
– 86% das empresas não obtiveram a financiamento das linhas de apoio COVID-19
– 40% das empresas continuam a precisar de apoio financeiro
– 57% das empresas não têm presença digital
– 73% das empresas não despediram e tencionam manter o quadro de pessoal, reforçando a formação.
– 52% das empresas estão a aproveitar a crise para reorganização e mudança de processos
– 11% das empresas conseguiram um aumento do volume de negócios
– 66% das empresas manifestaram intenção de participar num Programa Regional de dinamização, revitalização e modernização da economia – REVI.PROCOM.
A NERC refere, ainda, a importância de realçar os últimos quatro pontos principais que “demonstram que os empresários querem continuar a lutar, dizem não ao confinamento total em caso de agravamento da situação pandémica e reclamam apoios claros por parte do Governo e das entidades regionais e locais no apoio às empresas fonte de riqueza e de emprego”.