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NERC considera ineficaz apoio do Estado à retoma progressiva

7 de Agosto 2020

A NERC – Associação Empresarial da Região de Coimbra considera “o apoio à retoma progressiva, medida desenhada para suceder ao ‘lay-off’ simplificado, como ineficaz para assegurar o futuro e manutenção das empresas e do emprego”.

Para a Associação, o novo regime vem “apressar as falências, abrir a porta a despedimentos, aumentar os encargos e retirar flexibilidade à mão-de-obra, já que trava a suspensão dos contratos de trabalho e condiciona a redução dos horárias às quebras de facturação dos empregadores”, nota.

Segundo a NERC, “o futuro a nível das Micro e pequenas empresas e das PMES vai ser muito difícil, especialmente face à lentidão da retoma da actividade económica e à possibilidade de uma segunda vaga da pandemia de coronavírus”.

Este regime “será menos eficaz na protecção dos postos de trabalho do que o ‘lay-off’ simplificado”, afirma, apelando assim à necessidade de um regime de maior flexibilidade da mão-de-obra, a mais direitos dos empregadores na marcação de férias e a mecanismos alternativos que ajudem a tesouraria dos empregadores, até porque a retoma está a ser mais lenta do que se esperava”.

“A crise vai ser muito mais prolongada que o previsto e as alterações que foram decididas pelo Governo não vão no sentido de salvar empregos, vão complicar a vida das empresas e tornar a sobrevivência das empresas complicada”, sublinha a NERC, notando que “as empresas assim vão ter que despedir pessoas”.

Para a Direcção da NERC, liderada por Pina Prata, mais do que ‘lay-off’, o país “precisa de um apoio à retoma com um grande programa de ‘lay-in’ que apoie claramente as empresas e o emprego, de uma maneira que motive a ignição e a aceleração das empresas no mercado em que o Governo tem de apostar – a bem do país”.