O Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra lançou, hoje, a “primeira pedra” de uma importante intervenção que vai revolucionar aquele campus de saúde e fortalecer a confiança de doentes e colaboradores.
No total, vão ser investidos cerca de 30 milhões de euros naquele hospital, um valor que será repartido em duas fases. A primeira, orçada em 1,84 milhões de euros, arrancou já na segunda-feira, com o início dos trabalhos de construção do novo Bloco Operatório Periférico, infra-estrutura que deverá ficar concluída até ao final do ano de forma a permitir que possa avançar então a segunda e principal obra – a requalificação e ampliação do Edifício de Cirurgia.
Agora adjudicada, esta obra representa, como sublinhou a presidente do Conselho de Administração do IPO de Coimbra, Margarida Ornelas, “um marco histórico para esta instituição” que, após a sua conclusão, ficará “com argumentos consistentes para continuar a ser uma referência na prestação de cuidados de saúde aos nossos doentes”. Lembrou que esta era uma “obra há muito ansiada”, de reconhecida importância e “imprescindível para Coimbra e para a região Centro”, enaltecendo o trabalho de todos quantos contribuíram para a sua viabilização, merecendo uma palavra muito especial o anterior presidente, Manuel António, a quem se fica a dever o sucesso de muitos dos “trilhos” percorridos que conduziram até este tão ansiado início das obras.
Margarida Ornelas congratulou-se também por ver que a “extrema importância” do novo Edifício de Cirurgia foi reconhecido pela Câmara de Coimbra, que sempre esteve ao lado da instituição, tendo nesta fase tão importante isentado “o IPO de Coimbra do pagamento de um valor avultado de taxas urbanísticas”.
“Este é um marco histórico para esta instituição. A construção do Bloco é o ponto de partida para a concretização de uma necessidade há muito sentida e desejada pelo IPO de Coimbra”, disse, explicando que só com o início desta obra é possível criar condições para manter a actividade cirúrgica e pensar na grandiosa construção principal.
Para António Sales, secretário de Estado da Saúde, este investimento representa “um sinal de confiança de que o Estado quer continuar a prestar os melhores cuidados de saúde à nossa população”. Mostra também que, “numa altura de tantas incertezas e desafios sobre o nosso futuro colectivo, abrem-se, de facto, janelas de esperança e oportunidade para o nosso SNS”.
No seu entender, o novo edifício “é um investimento essencial que valoriza os profissionais de saúde, os doentes oncológicos e capacita o SNS, tornando-o mais moderno, mais sustentável e mais eficiente”, reforçando, por isso, todo o empenho do Governo na construção desta obra que valorizará não só Coimbra e a região mas todo o país.
Inovador, moderno e seguro
A construção do Bloco Operatório Periférico marca então o arranque da obra de ampliação e requalificação do Edifício de Cirurgia, onde actualmente funciona o bloco operatório e que só poderá ser desactivado depois de construída esta infra-estrutura alternativa que assegure a continuidade da actividade cirúrgica. Vai incluir duas salas operatórias, uma unidade de cuidados pós-anestésicos, uma sala de indução anestésica, uma zona de desinfecção, uma sala de desinfecção, vestiários, uma sala de arrumos, uma sala de pessoal, parque de camas, transfer e um posto administrativo.
Todo o equipamento deste Bloco será depois transferido para o novo Edifício de Cirurgia, obra adjudicada por 27,92 milhões de euros e que tem início previsto para o segundo trimestre de 2021. Inovador, moderno e seguro, este novo edifício vai nascer junto ao Edifício de Oncologia Médica/Laboratórios.
A cerimónia contou ainda com a presença do presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado; da vereadora Regina Bento; e da presidente da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), Rosa Reis Marques.