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Universidade de Coimbra prevê quebra de 50% nas receitas do turismo em 2021

30 de Julho 2020

A Universidade de Coimbra (UC) prevê uma quebra de 50 por cento nas receitas do turismo em 2021, face aos valores arrecadados em 2019, devido ao impacto da pandemia de covid-19.

“Considerando o impacto que o surto de covid-19 teve nas receitas do turismo, foi considerada para 2021 uma redução de 50 por cento dos valores arrecadados em 2019”, refere a Projecção Orçamental da Universidade de Coimbra para 2021, documento que foi apreciado, na segunda-feira (27), pelo Conselho Geral da instituição e que não refere a quantia arrecadada em 2019 por via dos turistas.

O documento, a que a agência Lusa teve acesso, prevê ainda uma quebra de cinco por cento em 2021 na cobrança de propinas, sem referir se essa estimativa está ou não relacionada com a pandemia.

Para 2021, a instituição de ensino superior estima uma despesa global de 182 milhões de euros (que engloba Universidade de Coimbra e Serviços de Acção Social), sendo que 93 milhões dizem respeito a gastos com pessoal.

Das receitas, prevê-se um encaixe de 22 milhões de euros em propinas e taxas, e 6,6 milhões por via do financiamento comunitário.

Em algumas origens de receita, foi ainda tido em consideração “um eventual impacto resultante da pandemia provocada pelo novo coronavírus”, refere o documento, que especifica que, no caso dos Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra (SASUC), foi tido em conta “a restrição orçamental provocada pelo decréscimo de receita decorrente dos impactos da covid-19” na actividade destes serviços.

Na mesma reunião do Conselho Geral da UC, foi ainda aprovado o Relatório de Gestão e Contas Consolidado de 2019, ano em que a Universidade de Coimbra voltou a apresentar um resultado líquido positivo, desta feita de 2,73 milhões de euros.

Em 2019, a receita com origem em fundos europeus representou um peso de 11,7 por cento do financiamento global da UC, evidenciando uma diminuição de 6,1 por cento face a 2018.

As receitas próprias da instituição representaram 30,4 por cento da receita total arrecada em 2019, uma redução de cinco por cento face ao ano anterior.