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Estudo da UC concluiu que pandemia afectou mais pessoas em teletrabalho

30 de Julho 2020

O Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra realizou um estudo, cujos resultados preliminares demonstram que profissionais em teletrabalho sentiram que a pandemia afectou mais as suas vidas a nível emocional.

Além dos participantes em teletrabalho, também os participantes do sexo feminino revelaram sentir maior impacto emocional face à pandemia covid-19, comparativamente aos inquiridos do sexo masculino.

A satisfação com a habitação revela-se, também, uma variável importante. Neste estudo, a maior parte dos participantes revelou estar satisfeito/muito satisfeito com a sua habitação, tendo sido os participantes com menor satisfação em relação à habitação aqueles que sentiram um maior impacto emocional durante o confinamento.

Mais uma vez, tanto a satisfação com a habitação como o género dos participantes se revelam como variáveis importantes. Verifica-se que participantes menos satisfeitos com a habitação e participantes do sexo feminino apresentam indicadores mais elevados de depressão, ansiedade e stresse na Fase 1 (confinamento) do estudo. Na fase 2 (desconfinamento), são as mulheres que se destacam com maiores indicadores de depressão.

Por fim, os resultados preliminares deste estudo revelam uma redução da satisfação conjugal da Fase 1 para a Fase 2, sendo que este resultado é mais evidente no caso dos participantes do género feminino. Os resultados sugerem ainda que quanto pior for a satisfação conjugal, mais elevados serão os indicadores de depressão, ansiedade e stresse.