Coimbra  4 de Outubro de 2024 | Director: Lino Vinhal

Semanário no Papel - Diário Online

 

Médicos do Centro denunciam atraso na colocação de Médicos de Família

29 de Julho 2020 Jornal Campeão: Médicos do Centro denunciam atraso na colocação de Médicos de Família

A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) considera “inadmissível o atraso na colocação de médicos de famílias, recém-especialistas da região Centro, no Serviço Nacional de Saúde quando estes são absolutamente necessários”.

Em causa estão as classificações finais do internato de Medicina Geral e Familiar, que foram homologadas e publicadas no website da Administração Central do Sistema de Saúde, a 16 de Junho.

Segundo a lei, o procedimento concursal para colocação dos recém-especialistas deve ser aberto até 30 dias após a homologação das classificações finais, algo que não aconteceu.

Carlos Cortes, presidente da SRCOM, denunciou a situação: “é lamentável estarmos a assistir a um atraso desta natureza, neste momento tão sensível que o país está a atravessar. Os médicos de família, recém-formados, estão a aguardar a sua colocação para poderem desempenhar adequadamente as suas funções e dar resposta à extensa lista de utentes sem médico de família atribuído e às necessidades decorrentes da pandemia que o país está a atravessar”.

Segundo a SRCOM, concurso deveria ter sido aberto até ao dia 16 de Julho e, até ao momento, ainda não foram comunicadas as colocações nos Centros de Saúde. “Um atraso insustentável”, segundo Carlos Cortes.

“Em causa estão 396 médicos, 65 deles pertencem à região Centro que estão sem saber onde irão ser colocados. O país atravessa uma crise da pandemia da covid-19 em que a resposta dos cuidados de saúde primários é absolutamente fundamental. Existe uma contradição no discurso do Ministério em que lamenta não existirem médicos suficientes, mas depois não os contrata quando estão disponíveis”, referiu o presidente, acrescentando que “a gestão dos recursos humanos tem sido o tendão de Aquiles do Ministério da Saúde, facto que tem prejudicado doentes e profissionais”.