Coimbra  22 de Maio de 2025 | Director: Lino Vinhal

Semanário no Papel - Diário Online

 

IPC em projecto de internacionalização de politécnicos para captar alunos

8 de Julho 2020 Jornal Campeão: IPC em projecto de internacionalização de politécnicos para captar alunos

João Rocha, Jorge Conde (presidente do IPC) e José Carlos Quadrado

 

O “Polytechnics International Network” (PPIN Project), um novo projecto de internacionalização do ensino superior politécnico português, e que envolve 15 instituições, foi apresentado, hoje, na Escola Superior de Tecnologia e Saúde de Coimbra (ESTeSC) do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC).

Na sessão, os responsáveis pelo projecto mostraram a importância do mesmo para o ensino superior público português, para os institutos politécnicos, mas também para as universidades. Inicialmente, o “PPIN” envolve 15 politécnicos, mas pode ser alargado a todos os politécnicos e universidades com componente politécnica e que queiram integrá-lo.

Desde logo, o “PPIN Project” visa “a captação de estudantes internacionais para os politécnicos portugueses, o aumento de parcerias na área da investigação e de colaborações com empresas de todo o mundo”, explicou Jorge Conde, presidente do IPC.

O desafio passa, ainda, por “levar o projecto para fora da Europa, quer para os países da CPLP (Comunidade Países de Língua Portuguesa), quer para os ibero-americanos, permitindo trabalhar este mercado”, adiantou o responsável.

Também João Rocha, presidente do Instituto Politécnico do Porto, salientou “a novidade deste projecto: o facto de ser um veículo de promoção dos politécnicos, tendo como objectivo último a captação de alunos e de empresas internacionais”.

“Que este seja um veículo de envio de estudantes também para as empresas que se queiram envolver”, afirmou, realçando que outro ponto importante deste “PPIN Project” passará pela “criação de uma rede de embaixadores dos politécnicos portugueses em todo o mundo, permitindo que mesmo após a conclusão do projecto continue a existir uma ligação aos politécnicos e que se possa continuar a divulgar o que aqui se faz de bom”.

O “reforço da internacionalização”, dando “continuidade à cooperação entre o ensino superior politécnico e o meio empresarial”, revelou José Carlos Quadrado, um dos coordenadores do projecto.

Entre outras iniciativas, e durante os dois anos em que estará em vigor, o “PPIN” pretende “criar uma plataforma que disponibilize informação das instituições de ensino superior politécnico português em mercados estratégicos internacionais”; “estabelecer uma rede de internacionalização presencial dos politécnicos portugueses no estrangeiro”; “estabelecer uma colaboração efectiva com o meio empresarial”; ou a criação de uns prémios; além de promoção de inúmeros eventos, de ‘I&D’, de apoio empresarial, ‘networking’ ou com o ensino secundário. Este tipo de eventos terão alguns países-alvo, como o Brasil, Angola, Cabo Verde, Peru, Chile, Colômbia, Marrocos e Moçambique.

O projecto “PPIN” teve um investimento de mais de 2,7 milhões de euros, com um incentivo de mais de 1,2 milhões através do programa COMPETE 2020. A perspectiva é que vá abranger, durante os dois anos de execução, mais de 20 000 pessoas.

Segundo Jorge Conde, em 2019, “os institutos politécnicos públicos captaram 43,8 por cento dos alunos matriculados em Portugal, seja no ensino superior público ou privado, politécnico ou universitário”.