A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) e 84 entidades públicas e privadas assinaram hoje (07) um Pacto Institucional para a Valorização da Economia Circular, que engloba 230 acções até Junho de 2021.
“A transição para uma economia circular é uma das grandes prioridades para a Região Centro, que assumiu compromissos claros de promover um desenvolvimento económico, social e ambientalmente sustentável”, considera Isabel Damasceno, presidente da CCDRC.
A também ex-presidente da Câmara de Leiria avança ainda que “a mudança de paradigma que isso exige tem que ser partilhada por todos: empresas, administração, sociedade em geral, cabendo às políticas públicas o papel essencial de criar os incentivos adequados para acelerar esta transição”.
Economia Circular é um conceito estratégico que assenta na redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia. Promove um modelo económico reorganizado, através da coordenação dos sistemas de produção e consumo em circuitos fechados.
Responsável pela coordenação da Agenda Regional de Economia Circular do Centro, a CCDRC desafiou com este Pacto “os agentes regionais para assumirem o compromisso de desenvolver acções que visam a promoção de práticas circulares”.
Entre o total de signatários contam-se 34 municípios, quatro Comunidades Intermunicipais e uma Junta de Freguesia, 14 Associações (culturais, empresariais e sectoriais), três entidades regionais, nove empresas (públicas e privadas), 10 instituições de ensino superior (Universidades e Institutos Politécnicos) e nove entidades ligadas ao Sistema Científico e Tecnológico, Centros Tecnológicos, Incubadora e Cluster.
Os compromissos, disponíveis em http://agendacircular.ccdrc.pt, assentam num conjunto de medidas de cariz transformador, cujo objectivo fundamental é a aceleração da região para uma economia de base circular.
“São cerca de 230 acções com estratégias assentes no combate ao desperdício, circuitos curtos, compras circulares, novos modelos de negócio e desmaterialização, ecodesign e eco-concepção, extensão do ciclo de vida, valorização dos subprodutos e resíduos, simbioses industriais, tecnologias digitais ao serviço da economia circular ou uso eficiente dos recursos”, explicita a CCDRC.
Entre as áreas temáticas destacam-se a alimentação e o consumo sustentável, a bioeconomia circular, águas, materiais e energia, plásticos e lixo marinho, construção, floresta, têxteis, resíduos e mobilidade sustentável.
As propostas incluídas no Pacto serão monitorizadas por cada entidade, reportando à CCDRC, semestralmente, o ponto de situação das acções a concretizar até Junho de 2021.