Em Dia da Cidade e da Rainha Santa, o presidente da Câmara de Coimbra considerou que a inauguração do Centro de Arte Contemporânea tem “os olhos postos” na candidatura a Capital Europeia da Cultura 2027.
Manuel Machado, que falava debaixo do Arco de Almedina e junto à ministra da Cultura, disse que Coimbra, classificada como Cidade Património Mundial pela UNESCO “é, desde há séculos, um território privilegiado de cruzamento do antigo e do novo, local de crescimento e de passagem de homens como Fernando de Bulhões – o Santo António, de quem agora se assinala o 8.º centenário -, ou de artistas tão inovadores para a sua época como o escultor Nicolau de Chanterene.
“Este Centro de Arte Contemporânea, as suas muito peculiares instalações no coração de Coimbra, bem como esta primeira exposição e a colecção mais vasta a que pertencem, fazem parte – e fazem justiça – à história e aos pergaminhos culturais e artísticos desta cidade”, considerou.
Sobre as Festas da Cidade, Manuel Machado declarou que, este ano, a Câmara “conjugou a abertura de um espaço dedicado às artes plásticas, com, por exemplo, a abertura da Ciclovia do Mondego – um espaço dedicado ao passeio, ao desporto e à fruição da cidade que é, também, um elemento que aumenta e qualifica a mobilidade saudável em Coimbra”.
“E se o fazemos no centro da cidade, onde agora nos encontramos, também o fazemos em espaços periurbanos ou rurais: é caso, hoje, da inauguração do Jardim do Largo do Chafariz em São Martinho do Bispo, um significativo projecto de qualificação de um espaço de encontro e de convívio cívico”, acrescentou.
Falando no acto inaugural, a ministra Cultura considerou que “Coimbra do Mondego torna-se, assim, um lugar capital na história da Colecção de Arte Contemporânea do Estado, representando o momento presente em que aqui depositamos este acervo, mas também aquilo que é o futuro e o novo rumo que queremos dar a esta Colecção”.
“Este capítulo que agora abrimos em parceria dá a esta Colecção uma vocação verdadeiramente nacional, no sentido de que é capaz de chegar a todas as pessoas e a todo o território. Dizer que a arte é de todos e está ao acesso de todos é um objectivo que, sem uma estratégia e um projecto estruturante, se perde em intenções. Por isso, a Colecção de Arte Contemporânea do Estado não será de um lugar, mas de todos os lugares a partir dos quais ela possa chegar a quem a queira conhecer. Será também um acervo privilegiado para dinamizar ou fazer nascer novos espaços culturais” – declarou Graça Fonseca.