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Município da Lousã reduz dívida em mais de meio milhão de euros

27 de Junho 2020

O Município da Lousã reduziu a dívida em mais de meio milhão de euros, segundo as contas de 2019 aprovadas pela Assembleia Municipal (AM).

Numa sessão ordinária realizada na quinta-feira (25), a AM da Lousã aprovou por maioria, com 16 votos a favor do PS, cinco abstenções do PSD e uma do BE, os documentos relativos à prestação de contas e o relatório de gestão do exercício do ano passado, não tendo comparecido a eleita da CDU.

“Os documentos apresentam-se como um instrumento equilibrado, realista e rigoroso, fruto de uma contínua política de gestão adaptada à melhoria da qualidade de vida no concelho”, informa em comunicado o executivo presidido por Luís Antunes.

A Câmara salienta que, “apesar de a gestão autárquica continuar a ser confrontada com grandes e diversos desafios, os documentos reflectem uma redução da dívida a médio e longo prazo de mais de meio milhão de euros”.

“Em termos orçamentais, a receita atingiu uma execução de 85,39 por cento (14.407.097,46 euros) e a despesa 83,42 por cento (14.074.217,17 euros)”, acrescenta.

As Grandes Opções do Plano, que incluem os investimentos municipais, foram executadas em mais de 74 por cento (7.096.728,16 euros).

“Cerca de 50 por cento do investimento municipal foi concretizado com recurso a verbas recebidas a fundo perdido, obtidas através de candidaturas efectuadas pela Câmara Municipal a fontes de financiamento comunitárias e nacionais, o que é revelador do trabalho de qualidade realizado na preparação destas candidaturas”, refere ainda a autarquia.

A informação financeira apresentada na sessão da AM, realizada na Escola Secundária da vila – e na qual, no contexto da actual pandemia, não foi admitida a presença de público e jornalistas –, “comprova a concretização dos objectivos definidos de forma sustentada”, afirma Luís Antunes.

Tal informação “assegura a conjugação de um volume considerável e transversal de investimentos (…) com o equilíbrio ao nível da gestão”, realça igualmente o autarca do PS, que destacou a qualificação e os novos acessos ao Castelo da Lousã, a beneficiação do Pavilhão Municipal 2 e o projecto intermunicipal de promoção do sucesso escolar, entre outras apostas.

“O exercício de 2019 foi encerrado sem pagamentos em atraso e com um prazo médio de pagamento muito abaixo dos 90 dias previstos na lei”, de acordo com o gabinete do presidente.

Para Luís Antunes, “apesar da estabilidade explanada” nos documentos aprovados pela Assembleia, presidida por Carlos Seco, o exercício de 2020 “será marcado por desafios muito imprevisíveis, devido à pandemia da covid-19”.

A nota indica que o Município “continua a cumprir com os limites ao endividamento (…), tendo uma margem na ordem dos 2.800.000 euros, o que na prática significa que a Câmara Municipal poderá, caso seja necessário, recorrer ao crédito para concluir ou implementar projectos ou novos investimentos”.