O cenário escolhido foi o claustro real do Mosteiro da Batalha, local emblemático onde a Turismo Centro de Portugal fez um balanço positivo da campanha conjunta “Lugares Património Mundial do Centro”, pretendendo continuar a impulsioná-la.
Esta operação promove de forma conjunta, desde 2017, os quatro elementos patrimoniais da região Centro de Portugal inscritos na lista do Património Mundial da UNESCO: Mosteiro da Batalha, Mosteiro de Alcobaça, Convento de Cristo em Tomar e Universidade de Coimbra, Alta e Sofia.
Simultaneamente, esta conferência da Turismo do Centro serviu ainda “para apelar ao regresso dos visitantes aos monumentos e lugares classificados, após este difícil”.
A operação Lugares Património Mundial do Centro desenvolveu-se a partir de 2017 e assentou em quatro eixos fundamentais, cuja execução foi apresentada ontem (19): um programa de qualificação da hospitalidade turística, um programa educativo em rede, um programa cultural em rede e um programa de comunicação em rede.
Um dos produtos que resultam da operação Lugares Património Mundial do Centro vai estar disponível já hoje – o guia “Lugares Património Mundial – Centro de Portugal”, que será distribuído com um jornal nacional. Com tiragem de 80 000 exemplares, “esta publicação conta a História dos quatro lugares classificados e mostra o melhor que há para conhecer nos lugares e nas zonas envolventes, incluindo sugestões de roteiros variados”, revela a entidade turística.
Também foi apresentado o “Guia Digital & Visitante + Seguro Lugares Património Mundial do Centro”. Disponível em www.patrimoniomundialdocentro.pt, este guia “reforça a importância de voltar e regressar aos lugares e monumentos patrimoniais, demonstrando ao visitante que o pode fazer de forma segura, apresentando dicas, recomendações e sugestões para uma viagem e visita mais responsável e segura”.
Entre os resultados da operação apresentados, destacou-se o aumento do número de visitantes aos quatro lugares, que em conjunto somaram 1,5 milhões de visitas em 2019: 416,7 000 no Mosteiro da Batalha, 365,4 000 no Convento de Cristo, 220 000 no Mosteiro de Alcobaça e 482,9 000 (dados de 2018) na Universidade de Coimbra, Alta e Sofia, a que se somaram 149,6 000 no Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, que integra a classificação da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia desde 2019.
Na apresentação, Joaquim Ruivo sublinhou o facto de a pandemia de covid-19 poder ter como uma das consequências “descentralizar os circuitos turísticos, aliviar os que estão sobrecarregados, levar visitantes aos circuitos menos conhecidos e reforçar o turismo nacional”. “Tudo isto são oportunidades que podem surgir com esta crise. Mantendo as distâncias podemos ser cada vez mais unidos”, reiterou.
Pedro Machado, a quem coube a apresentação dos resultados, destacou a aposta que o Turismo Centro de Portugal e outras regiões do país estão a fazer no reforço dos visitantes nacionais, nesta primeira fase de desconfinamento. “Desafiamos os portugueses a conhecerem melhor Portugal. Visitem Portugal! Tirem partido daquilo que os estrangeiros dizem há três anos: que Portugal é o melhor destino turístico do mundo. Se somos o melhor destino, vamos usufruir dele e tirar partido desta nova realidade. Os portugueses têm ao dispor experiências maravilhosas e inolvidáveis dentro do seu próprio país e, em particular, no Centro de Portugal, incluindo os nossos lugares Património Mundial”, frisou.
A partir de Julho, o desafio é extensível aos turistas de fora do país. “Queremos inspirar os visitantes a escolherem o Centro de Portugal assim que poderem viajar, e sobretudo a escolherem um dos produtos ‘premium’ da região, que é precisamente o Património e Cultura. Queremos que estes 1,5 milhões de visitantes, que escolheram estes lugares em 2019, voltem a colocar o Centro de Portugal nas suas preferências. A região está disponível e apta a recebê-los”, sustentou.
Em relação à operação Lugares Património Mundial do Centro, Pedro Machado realçou que “foi possível realizar um investimento virtuoso, que teve retorno para aqueles que participaram no consórcio”. “Acreditamos que o trabalho destes anos é um extraordinário exercício para o presente e para o futuro e queremos renovar este compromisso com os parceiros para os anos vindouros. O turismo, a cultura e o património constituem um triângulo virtuoso”, disse ainda.
A finalizar a conferência de imprensa, Paulo Baptista Santos, na qualidade de anfitrião, enalteceu o facto de que “esta relação entre a cultura e o turismo, quando bem combinada e feita com qualidade, potencia uma sinergia muito importante para a economia local e para os valores culturais que defendemos”. Recordando que “no país quem faz cultura são os municípios”, o autarca continuou, dizendo que “este projecto em rede demonstra que é possível fazer um trabalho continuado, sistematizado, de qualidade e que acrescenta valor no território e na economia. O incremento da notoriedade dos nossos patrimónios deveu-se muito a esta parceria”. “Há um grande consenso em continuarmos este projecto nos próximos anos”, concluiu.
Além de Pedro Machado e Joaquim Ruivo, marcaram presença na conferência de imprensa Paulo Baptista Santos, presidente da Câmara Municipal da Batalha; e representantes das várias autarquias e entidades envolvidas, casos da directora regional de Cultura do Centro, Suzana Menezes; da presidente da Câmara Municipal de Tomar, Anabela Freitas; da vereadora da Câmara Municipal de Coimbra, Carina Gomes; da vereadora da Câmara Municipal de Alcobaça, Inês Silva; e de directores do Turismo Centro de Portugal