De microfone aberto a quem desejar usar da palavra, a Praça da República, em Coimbra, recebe hoje, a partir das 17h00, uma Tribuna Pública em defesa do Hospital dos Covões.
Depois do cordão humano realizado à volta do Hospital dos Covões, que reuniu mais de 2 000 pessoas, a concentração na Praça da República – local histórico da cidade onde ao longo de gerações se conviveu e debateu ideias – é mais um momento de apelo ao bom senso por parte de todos aqueles que estão preocupados com o rumo a que está a ser conduzido o Hospital dos Covões e a Saúde em Coimbra.
A iniciativa, nesta tarde, tem como mote “Defesa do SNS – Valorização do Hospital dos Covões, Valorização dos Cuidados de Saúde Primários, Continuados e Paliativos”, assume a forma de concentração (cumprindo normas de distanciamento físico) mas com momentos de tribuna pública, com microfone aberto aos representantes das comissões de utentes da saúde, sindicatos do sector, outras entidades e cidadãos.
A acção é promovida pelo Movimento de Utentes de Serviços Públicos (MUSP) e tem como propósito primeiro a defesa do Hospital dos Covões, como “unidade de importância regional, confirmada pelo papel que teve no combate à pandemia de covid-19”.
No entanto, “prossegue e aprofunda-se o rumo de esvaziamento e de encerramento de valências”, sublinha o MUSP, acentuado que “este processo tem sofrido rejeição das populações e dos profissionais”.
“É imperioso restituir a autonomia ao Hospital dos Covões, assim com às unidade hospitalares abrangidas pela fusão no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra”, defende-se, assim como se considera “imperioso defender a valorização do SNS, que também confirmou capacidade e importância na resposta à pandemia, dos cuidados hospitalares, mas também dos cuidados saúde primários e continuados”.
O último “ataque” ao Hospital dos Covões é o propósito do CHUC em passar as Urgências para o nível básico, o que irá levar ao encerramento da resposta de cardiologia, de pneumologia e de medicina interna no também designado Hospital Geral.