Gonçalo Cadilhe, escritor natural da Figueira da Foz, acaba de editar um novo livro, inspirado na sua mais recente caminhada entre Lisboa e Coimbra, intitulado “Por este reino acima”.
A obra retrata os “8 dias de caminhada, 200 quilómetros de distância, 25 quilómetros por dia”, por “bosques, planícies e cidades antigas, atravessa várias dimensões: da actividade física à componente espiritual, da reconstrução histórica à (re)descoberta das belezas do nosso país”.
“Acompanhado apenas pelas suas reflexões e pensamentos, Cadilhe recria, com veia literária, a viagem que um jovem Santo António terá feito no início do século XIII. Ao percorrer trilhos de outros tempos, o autor evoca o período medieval, relembra como se caminhava há mais de 800 anos e reitera como ainda temos tanto a descobrir em Portugal”, revela a sinopse do livro.
O escritor recupera técnicas de ‘trekking’ que aprendeu a caminhar pelo mundo, fazendo assim uma viagem ao passado de Portugal e às memórias da sua juventude nos Escuteiros. “Ao longo de oito dias, comenta a geografia que vai atravessando e os episódios da História que o itinerário lhe aponta, suportando bem-humorado as surpresas e os imprevistos que são parte do próprio caminho”, nota, acrescentando que “nesta caminhada em terras lusas, Cadilhe viu inesperadas paisagens que nada ficam a dever a outras mais badaladas no turismo internacional. Surpreendeu-se com a luta obstinada de algumas cidades por manter vivo o património e a identidade. Conversou com companheiros de marcha, hoteleiros e aldeões que lhe deram reveladoras lições de vida, ou mais pragmaticamente lhe indicaram a direcção que devia seguir. Encontrou também um país que já mal recordava ─ o seu. E encontrou-se a si próprio”.
Esta é uma viagem verdadeiramente inspiradora “que demonstra uma grande verdade: muitas vezes as maiores viagens e as melhores aventuras não estão do outro lado do globo, mas sim bem perto de casa”.
Licenciado em Gestão de Empresas, Gonçalo Cadilhe abandonou a profissão para viajar e escrever sobre viagens, de forma profissional, em 1993. É autor de três documentários televisivos e vários livros de viagens.
Em 2003-2004 deu uma volta ao mundo sem aviões, em 2007 deu outra seguindo a rota de Fernão de Magalhães e em 2008 outra ainda, seguindo as suas ondas de surf preferidas.