O movimento Cidadãos por Coimbra (CpC) reclamou, hoje, uma “posição clara” da ministra da Saúde, Marta Temido, sobre o futuro do Hospital dos Covões.
Em comunicado, o CpC “exige da ministra da Saúde uma tomada de posição clara sobre a não desqualificação das urgências do Hospital dos Covões e sobre o futuro” deste complexo de saúde de Coimbra, na margem esquerda do rio Mondego.
“Não é compreensível que um processo de decisão política desta importância para toda a região Centro continue a ser tratado como ‘questão técnica’”, critica o movimento, que está representado na Assembleia Municipal de Coimbra e em diversas freguesias do concelho, integrando cidadãos independentes e militantes do Bloco de Esquerda.
Na sua óptica, a resolução do problema não pode continuar “à mercê do presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e da presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro [Fernando Regateiro e Rosa Reis Marques, respectivamente], cujas parcialidade e incapacidade estão demonstradas”.
“A onda de indignação gerada pelo anúncio de desqualificação das urgências e a grande adesão da população à manifestação da passada terça-feira (09) [com a participação de pelo menos 2.000 pessoas] recolocam a questão no nível governativo que sempre deveria ter tido e que o CpC sempre reclamou”, defende.
Apoiado no início, igualmente, por sectores locais da área do PS, o movimento, que no anterior mandato autárquico, de 2013 a 2017, teve um lugar de vereador na Câmara de Coimbra, entende que o primeiro ministro, António Costa, e Marta Temido “devem falar agora ou ficarão para sempre responsáveis por, com o seu silêncio, serem co-autores da aniquilação de um hospital do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.