A Câmara de Coimbra, que teve um lucro de 1,17 milhões de euros em 2019, destinou mais de metade dos custos municipais para funções sociais nesse ano, anunciou, hoje (07), a autarquia.
“Os indicadores da prestação das contas” relativas ao ano passado indicam que o município de Coimbra “tem direccionado a maioria da despesa para funções sociais, que tem sido uma prioridade para o actual executivo”, liderado por Manuel Machado, afirma a Câmara.
A análise dos “custos das funções municipais permitiu concluir que 45 por cento dos custos municipais são direccionados para as funções sociais”, aos quais acresce “a verba investida pela autarquia no custo social dos transportes, no montante de sete milhões de euros”, concluindo que, “em 2019, as funções sociais representaram 54 por cento dos custos municipais”.
A Câmara destaca ainda, no exercício de 2019, a “sólida saúde financeira” do município, que “apresenta um resultado líquido positivo de 1,17 milhões de euros, para o qual contribuíram os resultados financeiros e extraordinários bastante positivos”.
Coimbra “manteve a trajectória de diminuição das dívidas a terceiros, que foi reduzida em cerca de quatro milhões de euros, e do passivo, que no seu todo diminuiu cerca de 14 milhões de euros face a 2018”, de acordo ainda com as contas do exercício do ano passado e aplicação de resultados do município.
As contas relativas a 2019, que vão ser analisadas e votadas na próxima reunião do executivo camarário, agendada para amanhã (08), revelam também o aumento global da receita em 2,6 por cento, resultante do aumento das receitas correntes, sobretudo do IMT (imposto municipal sobre a transmissão onerosa de imóveis) e derrama (taxa municipal sobre o lucro tributável das empresas).
Em contrapartida, o IMI (imposto municipal sobre imóveis) registou um decréscimo de cerca de dois milhões de euros, que a Câmara explica com o facto de o ter fixado na taxa mínima (0,30 por cento).
A execução global da despesa aumentou de 60,7 por cento para 68 por cento, de 2018 para 2019, refere a Câmara de Coimbra, sublinhando, ainda, que as transferências correntes e de capital foram de quase quatro milhões de euros, com um acréscimo de mais de 1,3 milhões de euros nas transferências para as juntas de freguesia.