O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) escolheu a Colômbia como o país anfitrião das comemorações do Dia Mundial do Ambiente, que se assinala a 05 de Junho, este ano focado no compromisso das nações para preservar e restaurar a biodiversidade.
Este é, de resto, o tema escolhido para celebrar a efeméride, que vai ainda contar com a parceria da Alemanha para assinalar o Dia.
O que se pretende neste Dia, um dos mais importantes nos últimos anos no calendário da Organização das Nações Unidas (ONU), é apelar à consciencialização e acção mundial em prol do meio ambiente. Segundo a ONU, as iniciativas deste Dia, tornaram-se “a maior plataforma global de sensibilização pública sobre o tema, celebrada por milhões de pessoas em mais de 100 países”.
A decisão do tema e do local para celebrar o Dia Mundial do Ambiente de 2020 foi tomada, em Dezembro do ano passado, em Madrid (Espanha), onde Inger Andersen, directora executiva do PNUMA, enfatizou que “com um milhão de espécies de plantas e animais em extinção, nunca houve um momento mais importante para focar na questão da biodiversidade”.
Neste encontro mundial conseguiu atingir-se um dos objectivos que era chegar a um compromisso entre as nações. O documento final acerca da ambição climática em 2020 desenhou o cumprimento do ‘Acordo de Paris’ que limita os países para impedir a subida da temperatura média do planeta este século acima de 1,5 graus celsius.
Na impossibilidade de se realizar como planeado, com as várias iniciativas preparadas no país anfitrião, o Dia Mundial do Ambiente irá ser festejado, um pouco por todo o mundo, adaptando-se à nova realidade mundial: via digital.
Assim, os cidadãos são convidados a participar nestas festividades (utilizando as hashtags #WorldEnvironmentDay & #ForNature), “juntando as nossas vozes pela natureza e fazer pressão para acelerar a grande ambição de proteger a biodiversidade”, revelam as Nações Unidas, apelando: “É tempo de acordar e agir. É tempo da natureza!”.
Este era um ano-chave para a biodiversidade e para assumir compromissos nesse sentido, não só com a comemoração do Dia do Ambiente na Colômbia, mas também com a 15.ª reunião da Conferência de Partes (COP15), agendada para Outubro na China e que poderá não se realizar. O próximo ano será igualmente importante, uma vez que é o início da Década das Nações Unidas sobre Restauração de Ecossistemas, cujo objectivo é o de “ampliar massivamente a restauração de ecossistemas degradados e destruídos para combater a crise climática e melhorar a segurança alimentar, o suprimento de água e a biodiversidade”.
O orçamento afecto ao Fundo Ambiental será, este ano, o maior de sempre, com 470 milhões de euros, “o maior valor aplicado desde a entrada em funcionamento do Fundo, em 2017”, revelou o Ministério do Ambiente e da Acção Climática.
Entre as várias iniciativas, o Fundo Ambiental vai canalizar a verba para diversos programas em vigor, como o ‘Programa de Apoio à Mobilidade Eléctrica na Administração Pública’; o Programa de Apoio à Redução do Tarifário dos Transportes Públicos (PART); a criação do Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte Público (PROTransP); e para apoiar a segunda fase do projecto “Mobi.E”.
O Governo vai, também, apostar na difusão da língua portuguesa, tendo destinado um milhão de euros para projectos relacionados com a nossa língua-materna, no âmbito das Nações Unidas. Já para o Acordo de Paris, foram fixados dois milhões de euros. Na área dos serviços de ecossistemas, o Fundo Ambiental vai atribuir 500 000 euros ao programa multifundos do Programa de Desenvolvimento Rural 2020. Por todo o território nacional há orçamento afecto a diversos programas e projectos, destacando-se 1,5 milhões para projectos de sensibilização e educação ambiental.
O Governo aprovou, ainda, na passada semana, vários planos relacionados com a energia, o clima e o ambiente, nomeadamente: o “Plano Nacional de Energia e Clima 2021-2030” (que contempla o fim da produção de electricidade a partir do carvão, no Pego em 2021 e em Sines até 2023, para além da drástica redução das emissões de gases com efeito de estufa, até 2030); o “Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais” e outros diplomas relacionados com a floresta, e a Estratégia Nacional para o Hidrogénio.