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Universidade de Coimbra com quebra de 20 por cento de estudantes internacionais

27 de Maio 2020

A Universidade de Coimbra registou, até agora, uma quebra de quase 20 por cento nos inscritos ao abrigo do estatuto do estudante internacional, que deverá estar associada à pandemia da covid-19.

Em resposta a perguntas da agência Lusa, a Universidade de Coimbra (UC) afirmou que no total das duas fases de candidatura decorridas ao abrigo do estatuto do estudante internacional houve uma quebra de quase 20 por cento, com 166 inscritos este ano, em comparação com 207 que se tinham candidatado em 2019 nas duas primeiras fases.

“Haverá uma terceira fase de candidatura, com prazo alargado excepcionalmente (até 20 de Agosto), em função da calendarização do Gaokao (exame nacional do ensino médio chinês), também devido à covid-19″, explicou a UC.

Para esta instituição que tem apostado na captação de estudantes internacionais, “o impacto da covid-19 e da situação económico-social do Brasil são claros e podem fazer-se sentir ainda na próxima fase de candidaturas”.

Os estudantes brasileiros estão sempre em maioria nas candidaturas à UC ao abrigo deste estatuto, sendo que, habitualmente, é na primeira fase que a Universidade regista mais candidaturas, explicou o estabelecimento de ensino.

Em 2019, registaram-se um total de 254 inscrições efectivas, tendo sido 163 na primeira fase, 44 na segunda e 47 na terceira.

300 viseiras doadas a ONG que trabalha em Moçambique

No âmbito da prevenção da covid-19, a Universidade de Coimbra doou, ontem (26), 300 viseiras à Solidariedade Internacional a Moçambique (SIM) e conta, ainda em Junho, levar os equipamentos de protecção contra a covid-19 para aquele país africano.

Os equipamentos entregues foram desenvolvidos pela comunidade académica, seguindo agora, segundo a presidente da SIM, Carmo Jardim, para o Hospital Rural de Vilankulos (150 viseiras); para o Hospital de Inhassoro (80 unidades); para voluntários da organização na Beira (outras 50 viseiras) e 20 ficam para os membros da ONGD em Portugal.

Questionada pela agência Lusa, Carmo Jardim referiu que espera entregar as viseiras “logo que haja possibilidade”, salientando que a expectativa é a de que os equipamentos sejam enviados, a partir de 05 de Junho, data em que deverão ser retomados os voos para Moçambique.

Esta ONGD realiza projectos de apoio nas áreas da saúde, educação, meio ambiente e infraestruturas básicas em comunidades marginalizadas de Moçambique.

As viseiras foram criadas após o desenvolvimento de um modelo de viseira de fácil fabrico e montagem por uma equipa de investigadores e alunos, liderada pelo docente do Departamento de Engenharia Mecânica da UC, Norberto Pires.

Na cerimónia, Norberto Pires realçou a forma como a comunidade académica, bem como ex-alunos, responderam ao desafio lançado pela Universidade de Coimbra, conseguindo, em pouco tempo, montar “uma pequena fábrica” num antigo laboratório de anatomia.

O vice-reitor da UC, João Nuno Calvão da Silva, realçou que esta acção mostra como a universidade “não se limita a formar grandes técnicos”, mas também pessoas solidárias e humanistas.

As 300 viseiras, salientou, são “uma oferta simbólica, mas que tem tanto de simbólico como de generoso”, realçou.

Viseiras UC - Moçambique

Paulo Amaral