Face à evolução do mundo digital no panorama das diferentes áreas de mercados, podemos afirmar que os Ecossistemas Digitais – redes de empresas e consumidores que interagem dinamicamente para criar valor mútuo através de canais digitais – estão a afirmar-se como um modelo de negócios lucrativo, sólido e valioso. Principalmente no setor industrial.
Mas porque é que as empresas industriais estão a recorrer aos Ecossistemas Digitais?
A resposta é eficiência e controlo.
Conseguir gerir na perfeição estes dois conceitos é uma vantagem no mercado. Mais eficiência significa mais resultados e mais controlo significa uma visão global sobre o processo de produção e capacidade de reorganizá-lo sempre que seja necessário.
E a Indústria 4.0?
Na Transformação Digital das empresas industriais, a Industria 4.0 é o trigger para subir o nível. Se uma empresa procura maximizar os seus lucros, aumentar os efeitos de rede, melhorar a experiência digital do público ou aproveitar a análise de dados, significa que está pronta para subir o nivel e estabelecer um Ecossistema Digital sólido.
O processo da Industria 4.0 passa por quatro etapas.
1 – Análise e Orientação
Antes de dar o passo para a Transformação Digital, a empresa precisa de estar preparada para a mudança. Realizar uma análise interna e externa para saber onde está e para onde deseja ir.
Cada vez mais a necessidade de superação é precisa para acompanhar a mudança.
2 – Inovação e Criação
Agregar valor é essencial. É por isso que inovação e criação são como um só em todo o processo. Ser diferente e criar soluções que atendem às necessidades do mercado é o que torna uma empresa especial.
Um bom exemplo destes conceitos é o mercado de bens de consumo. Os retalhistas reinventaram a interação com o público através das lojas online. Mantém a sua génese tradicional, com lojas físicas, e conjugam o melhor de dois mundos: a comodidade na compra e a entrega em casa.
3 – Ciência de Dados
A análise dos dados em linhas de produção revela um enorme potencial de crescimento.
Onde estão os erros no processo de produção? Quais os fatores que afetam a produtividade? Porque é que o mesmo problema ocorre repetidamente?
Por outras palavras, é fundamental o controlo dos dados para poder explorar o poder da Transformação Digital.
Ainda sobre a Ciência dos dados, para o ano letivo de 2020/2021, a Universidade de Coimbra (UC) vai reforçar a sua oferta educativa com uma licenciatura e um mestrado em Engenharia e Ciência de Dados. Esta oferta de formação académica visa também aumentar a competitividade e retenção de talentos na região.
4 – Otimização
Por último, a otimização. A última etapa deste processo é a oportunidade de inovar com a maquinaria existente. Com softwares específicos é possível refinar os sistemas tecnológicos existentes e torná-los mais eficientes de acordo com novas necessidades.
Um bom exemplo desta refinação digital de maquinaria, ainda que num setor diferente, é a indústria dos casinos. Quando surgiram os primeiros casinos a promoverem slots machines digitais, nunca se imaginou como é que estas iriam sobreviver a esta revolução digital da indústria. No entanto, não deixam de ter fãs e imitar a experiência visual e sonora da máquina tradicional. No fundo, o formato e a essência do jogo continua a mesma.
O futuro da Transformação Digital nas empresas
O setor industrial é assim apenas um “pequeno” exemplo desta mudança de paradigma. Muitos são os setores que já começam a aceitar a transformação digital como essencial à evolução do negócio. O nível de digitalização da concorrência e das novas oportunidades de negócio aproveitadas pelas ditas “nativas digitais” foi, sem quaisquer dúvidas, um alerta para todas as empresas.
Na região centro as atenções já estão para aí viradas. Pequenos passos foram dados para apoiar as empresas na mudança digital.
Nós já fizemos esse salto. Quando fizemos nascer o primeiro Jornal digital em Coimbra, em formato tradicional.