Na próxima segunda-feira (18), o Jardim da Sereia volta a ter mais vida com a reabertura da Casa de Chá, um projecto inclusivo da AAPCDM (Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental) de Coimbra.
O espaço de restauração, que antes estava aberto todos os dias e que já era visita habitual para muitos conimbricenses, servia almoço ou lanche, mas foi obrigado a fechar, como tantos outros a 13 de Março.
Reabrirá portas, com todas as medidas de segurança, quer para funcionários como para clientes, assegurando ainda toda a qualidade do serviço a que já habituou o público. Nesta fase inicial, o horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 16h00 às 19h00 e sábados e domingos, das 14h00 às 19h00.
“O facto de a Casa de Chá se localizar no meio do Jardim, rodeada de árvores e com muito espaço exterior, permite-nos aplicar de forma ainda mais eficaz todas as recomendações de segurança anunciadas pela Direcção Geral de Saúde. Da mesma forma, ao dispersarmos a esplanada pelo meio das árvores que envolvem a Casa de Chá, vamos permitir aos clientes desfrutar do jardim talvez ainda mais do que antes, mantendo o distanciamento físico que é recomendado”, explica a coordenadora do projecto, Aline Seabra Santos.
Para além do serviço de esplanada, para consumo no local, há ainda a possibilidade de serviço de “take-away” para quem estiver de passeio pelo jardim, sendo que os clientes não terão de se deslocar ao interior do espaço.
“Mesmo neste período de confinamento, o Jardim da Sereia tem sido muitas vezes escolhido para quem vem dar um passeio com crianças, com animais ou praticar desporto ao ar-livre. Acreditamos que na Casa de Chá temos as condições para oferecer o relaxamento, tranquilidade e contacto com a natureza que as pessoas procuram quando nos visitam, assegurando todos os cuidados”, sublinha Aline Seabra Santos.
Para além destas medidas, a Casa de Chá vai, ainda, deixar de ter menus em papel, optando por um menu gigante à entrada, para que os clientes não tenham de manusear ementas individuais. Terá, também, disponíveis extensões no jardim, para que os clientes possam trabalhar nos seus computadores na esplanada, cumprindo o distanciamento físico.
Quanto à loiça, e apesar de ser uma solução que não é apoiada pelo projecto por princípios ecológicos, nesta fase a Casa de Chá vai optar por soluções descartáveis.
“Queremos oferecer plena segurança a todos os nossos clientes e funcionários”, reafirma a coordenadora, “e é também por isso que temos uma pessoa dedicada exclusivamente à preparação de comidas e bebidas e outra só para o atendimento aos clientes, ambas devidamente protegidas”.
Durante os próximos dias, a Casa de Chá vai anunciar as suas medidas de segurança numa campanha nas redes sociais. “Todos os dias vamos explicar a nova forma de funcionamento através da página do Facebook e do Instagram, aproveitando, também, para dar a conhecer o espaço e as comidas e bebidas a quem ainda não nos visitou”, refere a coordenadora.
Por fazerem parte de um grupo de risco, os três colaboradores e utentes da APPACDM de Coimbra (a Mónica, o Ricardo e Rita), ainda não poderão dar as boas-vindas aos clientes, mas “assim que for seguro, voltarão em força, pois sentem muitas saudades da Casa de Chá. E os clientes sentem com certeza a falta deles”, nota a responsável.