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Bombeiros estagiários do distrito de Coimbra estão preparados para os incêndios

14 de Maio 2020

Os 60 bombeiros estagiários existentes no distrito de Coimbra completaram a sua formação ao longo de um ano e estão preparados para combater incêndios florestais, mesmo sem terem feito exame, garantiu hoje o comandante distrital de operações.

Questionado pelos jornalistas durante a apresentação, realizada hoje por videoconferência, do Plano de Operações Distrital de Coimbra – Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais, o comandante operacional distrital (Codis), Carlos Luís Tavares, frisou que, em Abril, existiam 60 bombeiros nas corporações “prontos para ir fazer exame”, que “já tinham concluído toda a formação”.

“Seriam hoje bombeiros de 3.ª, se não tivesse havido a pandemia [da covid-19]. Aboliu-se o exame que será feito mais tarde”, disse Carlos Luís Tavares, enfatizando que os comandantes de cada corporação de bombeiros “conhecem melhor do que ninguém quem vai a exame”.

“A situação não me choca absolutamente nada. Estagiários que hoje já seriam [formalmente] bombeiros e só não o são por causa da pandemia”, reafirmou o Codis de Coimbra.

A colocação de bombeiros estagiários no combate a incêndios é destacada na edição de hoje do Jornal de Notícias (JN), que refere que o caso abrange, a nível nacional, “dois mil jovens que não acabaram o curso nem fizeram exame final”.

“Os corpos de bombeiros iriam sempre contar com eles [com os estagiários], são jovens de 18, 19 anos, gente que está disponível”, acrescentou Carlos Luís Tavares.

Sobre a época de incêndios rurais que se aproxima, o comandante operacional distrital frisou que as maiores preocupações dos bombeiros derivam da eventualidade de ocorrerem episódios de severidade meteorológica, mas também de comportamentos de risco por parte da população.

Se os comportamentos dolosos – nomeadamente a acção intencional de incendiários – é algo que os operacionais não conseguem controlar, a exemplo das situações climatéricas, já naquilo que diz respeito à prevenção Carlos Luís Tavares disse esperar que as pessoas “façam a limpeza dos terrenos em redor dos aglomerados populacionais”.

O Codis de Coimbra notou, a esse propósito, algum crescimento de materiais combustíveis em espaços rurais e florestais, devido a ter existido “muita humidade” e outros factores climatéricos que o favoreceram.