João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente e da Acção Climática, marcou presença, esta tarde, nas margens do Mondego, entre Coimbra e Montemor-o-Velho, para testemunhar as obras de aproveitamento hidráulico que já decorrem naquela área, algumas já concluídas.
O plano “Mondego mais Seguro” contempla intervenções orçadas em 35 milhões de euros e que decorrerão a partir deste ano e até 2023, “até cinco anos, no máximo”, garantiu o ministro do Ambiente.
O ponto de partida da visita foi o Açude-Ponte, onde o governante testemunhou uma obra já concluída, e que foi urgente, uma vez que surgiu após as cheias de Dezembro do ano passado. Esse conjunto de obras centram-se, essencialmente, na reposição das infraestruturas do aproveitamento hidráulico do Mondego, financiadas em mais de 12 milhões de euros pelo Fundo Ambiental, estando algumas já concluídas e outras “em funcionamento para aquilo que é o seu objectivo principal”, referiu Matos Fernandes.
“Esta é a prova de que Portugal não parou durante este tempo de pandemia e que as obras públicas continuaram a ser feitas. Tínhamos um compromisso, que era ter para a campanha de rega, que se iniciava em final de Abril / início de Maio, as estruturas a funcionar e, de facto, estão todas a trabalhar”, notou o governante.
Assim, já se procedeu à execução de aterros nas roturas das estruturas de protecção de cheias e à reparação do canal condutor geral no Choupal, permitindo repor o sistema de abastecimento de água para rega dos campos do Baixo Mondego.
O ministro do Ambiente seguiu, depois, para Santo Varão (em Montemor-o-Velho), onde testemunhou a obra em curso de reconstrução do dique e canal condutor geral na margem direita, no leito central do rio, na zona da rotura; os trabalhos de reparação e reconstrução, já concluídos, do troço do canal condutor geral junto à ponte de Formoselha/ estação elevatória de Santo Varão; o aterro de fecho da rotura do dique do leito periférico direito no Poço da Cal.
“A parte mais urgente está cumprida e estão agora a concurso cerca de oito milhões de euros de obras, nomeadamente, para a regularização do rio Arunca, um projecto de há muitos anos; e outros que estão em curso, alguns que requerem revisão do projecto, como a regularização do Ega, em Alfarelos – cujo projecto já tem décadas e hoje não faz sentido ser tão artificializado”, revelou João Pedro Matos Fernandes.
Quanto à intervenção no rio Ceira, a montante do Açude-Ponte, o ministro adiantou que o projecto “já foi contratado, no valor de seis milhões de euros, está a ser liderado pela Universidade do Porto e espera-se que comece no final deste ano ou início de 2021”.
“Numa próxima inundação estamos precavidos para o caudal do projecto – 2000 metros cúbicos por segundo, que este ano até foi ultrapassado e aguentou-se bem porque tínhamos feito as intervenções de limpeza”, notou Matos Fernandes, adiantando que o Governo “não tem dúvidas de que, com a reparação dos diques-fusíveis e as outras em todas estas estruturas – que terão sempre uma limitação no tempo – vai-se conseguir ter toda esta infraestrutura do Baixo Mondego a funcionar dentro dos seus limites de projecto previsto”.