A Câmara da Mealhada vai propor à Assembleia Municipal a venda, em hasta pública, da Escola Profissional Vasconcellos Lebre (EPVL), que é detida pelo Município.
A decisão foi tomada após a informação de que a comparticipação da Segurança Social, de 15 por cento do projecto educativo, terá de que ser anualmente suportada pela autarquia, o que só em relação a 2019 representa uma despesa de 256 mil euros.
A hasta pública está marcada para dia 13 de Maio e Rui Marqueiro, presidente do da Câmara da Mealhada, assume que esta foi uma decisão “difícil de tomar, mas acredita ser a melhor quer para a escola, quer para o Município”.
“Não se trata de fazer alguma coisa contra a escola, mas sim fazer pela defesa da escola, dos seus alunos, professores e funcionários e dos munícipes/ contribuintes. Se, por sermos entidade pública, não temos injusta e inexplicavelmente o apoio de 15 por cento do projecto educativo como acontece nas escolas privadas – o que contraria a informação que nos foi dada quando decidimos adquirir 100% do capital social da EPVL –, das duas uma: ou temos que explicar, todos os anos, aos munícipes, esta despesa de centenas de milhar de euros na EPVL ou vendemos e asseguramos a continuidade da escola, com regras muito bem definidas, como a permanência da sede na Mealhada, a manutenção do nome, com os seus activos principais – o imóvel, os alunos e os professores – e apenas com a mudança da entidade proprietária, que terá que ter experiência e provas dadas no ensino profissional”, refere o presidente.
“A venda não é um mau negócio, nem negócio ruinoso uma vez que só em rendas a Câmara já encaixou mais de um milhão de euros. E caso venha agora a vender o capital social, tal negócio representará um encaixe, nos cofres do Município, de pelo menos meio milhão de euros, que serão investidos, por exemplo, nas obras de recuperação da EB2 da Mealhada”, sublinha Rui Marqueiro.