A Festa do Queijo Serra da Estrela de Oliveira do Hospital e os ‘Verbos dos Arguinas” são dois marcos da cultura popular, agora nomeados para as “7 Maravilhas da Cultura Popular”.
A Festa do Queijo, que este ano, devido à pandemia de covid-19 decorre online, está nomeada na categoria de “Festas e Feiras”; já os ‘Verbos dos Arguinas’ insere-se na categoria de “Rituais e Costumes”.
As duas candidaturas foram apresentadas, recentemente, pelo Município de Oliveira do Hospital, esperando assim “promover o património cultural, elevando a nossa cultura popular a um patamar de causa pública”, revela a autarquia.
“Fruto do nosso desenvolvimento social e cultural, Oliveira do Hospital afirma-se hoje pelos seus valores únicos e pela dimensão da sua multi-culturalidade, onde a expressão e força da sua autenticidade se encontra em cada um de nós, em cada aldeia, vila ou cidade”, nota a Câmara Municipal, sublinhando que a importância da “manutenção e a afirmação inequívoca desta genuinidade, com manifestações em múltiplas categorias culturais”.
A Festa do Queijo Serra da Estrela de Oliveira do Hospital – considerada como a maior feira do queijo de Portugal – é um certame com várias décadas, que tem como objectivo principal “promover o Queijo Serra da Estrela e outros produtos endógenos da região”. Constitui-se como um evento com grande capacidade de atracção turística e que se diferencia pela sua grandeza, mas especialmente pela sua autenticidade.
É, por isso, realça a autarquia “uma das grandes alavancas da economia local, estimando-se que tenha um impacto económico de sensivelmente 2,5 milhões de euros e um retorno mediático superior a 40 milhões de euros”.
Este ano, o certame estava agendado para o fim-de-semana de 14 e 15 de Março, contudo foi cancelado devido à pandemia, decorrendo agora online, na plataforma ‘Dott’.
Já “Os Verbos dos Arguinas”, com a sua história de séculos, “ocupam um lugar muito especial na cultura oliveirense, sendo motivo de orgulho e indo para além das comunidades onde foi criado”, afirma a Câmara Municipal.
“Muito havia para dizer da pitoresca linguagem – usada pelos arguinas –, enquanto expressão do poder criador e expressivo da cultura do povo, do espírito corporativo-social, gregário e da solidariedade duma classe laboral escalonada em mestres-de-obras, pedreiros, aprendizes ou serventes, chamados morrões dos arguinas em sua gíria”, realça.
O município tem, assim, vindo a “preocupar-se em revitalizar esta herança linguística, através de iniciativas para a sua promoção e divulgação, no sentido de a dar a conhecer e ensinar aos mais jovens” e esta candidatura é exemplo disso mesmo.