Os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (TSDT) da área de Radiologia estão preocupados com a exposição radiológica nos Hospitais de Campanha, bem como com a carência de equipamentos portáteis de aquisição de imagem e de recursos humanos para o combate à pandemia de covid-19.
O alerta para a escassez de equipamentos, nomeadamente, para exames na área de isolamento, foi feito pelo Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS) e pela Associação Portuguesa dos Técnicos de Radiologia, Radioterapia e Medicina Nuclear (ATARP).
Em comunicado, as estruturas representativas do sector sublinham a importância de “aumentar a celeridade da contratação de mais profissionais, garantindo a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”. A STSS e a ATARP acrescentam ainda que os planos de contingência e as medidas implementadas trouxeram aos profissionais “novas regras, orientações e formas de actuar, assegurando todos os doentes em contexto de urgência: doentes oncológicos, que carecem dos exames de diagnóstico para posterior tratamento, e doentes internados”, o que se traduz na necessidade de “garantir pessoas e meios”.
As entidades temem que, nos Hospitais de Campanha, doentes e profissionais não estejam suficientemente protegidos da exposição radiológica. “A radiação ionizante não é inócua e tememos que, fruto das características das próprias estruturas provisórias, a exposição à radiação não esteja controlada”, referem.
Os Técnicos de Radiologia desempenham um papel activo no combate à pandemia, assegurando vários exames como forma de diagnóstico a doentes com suspeita de covid-19. Nesse sentido, a STSS e a ATARP concluem que “tendo consciência de que se trata de radiação com efeitos prejudiciais na saúde das pessoas, cabe-nos alertar e reforçar a importância de medidas adicionais de monitorização individual e responsabilização dos profissionais, de alerta das instituições hospitalares e da tutela”.