O Município de Condeixa-a-Nova alargou até ao 12.º ano a entrega de cabazes alimentares aos alunos beneficiários do escalão A que ficaram sem apoio alimentar devido ao encerramento das escolas.
“Após uma primeira fase, a 19 de Março, em que se procedeu à entrega, nas respectivas residências, de 60 cabazes aos alunos do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo inseridos no escalão A, decidimos agora estender a medida aos 134 alunos do escalão A do 2.º e 3.º ciclos e do ensino secundário, com entregas que se realizaram esta quinta e sexta feiras”, refere a Câmara.
“Esta seria uma responsabilidade do Ministério da Educação, mas em conjunto com o Agrupamento de Escolas de Condeixa, decidiram suprimir esta falha impedindo que se tenham que deslocar às cantinas”, revela Nuno Moita da Costa, presidente da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova.
O autarca recorda que “quando as escolas fecharam as autarquias ficaram encarregues de adoptar as medidas necessárias para a prestação de apoios alimentares a alunos beneficiários do escalão A e no nosso concelho optou-se pela composição de um cabaz com bens alimentares em quantidade suficiente para duas semanas”.
Nuno Moita justifica que, em vez de os alunos se deslocarem à escola para fazerem as refeições, considerou-se ser esta “uma solução mais favorável por vários motivos, desde logo pela diminuição das interacções sociais e gastos que uma entrega diária implicaria, mas também pela possibilidade de entregar em casa um cabaz com bens em quantidade suficiente para todo o agregado familiar, não apenas restritos ao almoço mas também pequeno-almoço e lanche (leite, iogurtes, cereais e fruta)”, explica.
A vereadora da Educação e da Acção Social, Liliana Pimentel, acrescenta que “também foram e estão a ser fornecidos regularmente, de 15 em 15 dias, cabazes de bens alimentares a outras pessoas carenciadas e agregados familiares carenciados mesmo não tendo crianças a seu cargo, como por exemplo, idosos e alguns desempregados de longa duração e sem apoios do Estado”.
O edil, Nuno Moita da Costa, destaca, por fim, que a medida tem ainda um impacto na actividade económica do município, nomeadamente nos supermercados, uma vez que “os cabazes de bens alimentares foram adquiridos junto do comércio local por forma a ajudar este sector empresarial”.