Parece irónico, mas acaba por ser verdade. O mundo habituou-se a produzir mais barato, recorrendo a manufacturas da China, o país de onde foi originário o coronavírus que acabou por encerrar os países.
Com encerramentos de espaços aéreos, marítimos e terrestres, descobriu-se que cada país tinha recursos próprios, que podem e devem ser aproveitados. Voltou-se a fabricar e a recorrer ao que nem se pensava ter. Há um consumo mais sustentável.
Uma sociedade obcecada com o status, em mostrar o que tem e onde vai, ficou em casa em isolamento e descobriu o muito que se pode fazer sem estar permanentemente na rua.
Ficou mais patente as vantagens das novas tecnologias, com o comércio electrónico a fundir-se com as transmissões ao vivo e deverá ser a nova realidade das compras online: interactivas, experimentais e em tempo real.
Vamos aprender “às nossas custas”, mas seremos “pessoas diferentes”. Esta é a convicção de José Gomes Pereira, director de Medicina Desportiva do Comité Olímpico de Portugal, que acredita que há pelo menos uma mensagem que todos já retiveram com esta pandemia: “A Medicina é exercida por médicos, a enfermagem por enfermeiros e a saúde é de todos nós.” Por isso, “todos têm de ser agentes da sua promoção e conhecer os procedimentos que devem adoptar para melhorar a sua qualidade de vida”.
Conforme refere ao “Expresso”, é provável que o novo coronavírus “possa vir a ser um gatilho para as pessoas perceberem o quão vulneráveis são”. E essa vulnerabilidade será reduzida se diminuirmos os comportamentos de risco.
Será assim: Depois de alguma coisa que nos impressiona, ao ponto de nos deixar “com os olhos em bico” (estupefactos, estupidificados, assombrados, zonzos, surpreendidos, desorientados), vamos abrir as pestanas!