O projecto “H2 – Humanizar o Hospital”, desenvolvido pelo Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), adaptou-se à situação da pandemia da covid-19, e “pretende contribuir para uma atenuação da situação de isolamento em que se encontram os doentes internados, fazendo chegar a cada um deles mensagens de solidariedade enviadas pelos seus familiares e amigos”.
A iniciativa “Mensagem H2 – MSH2” pretende dar mais um alento aos doentes nesta altura difícil, em que o isolamento e afastamento “é, naturalmente, geradora de grande angústia e sofrimento”, tendo sido criado, para o efeito, um sistema de mensagens, em suporte digital, com acesso através do site institucional do CHUC ( https://www.chuc.min-saude.pt/ ), onde podem ser obtidas as informações mais relevantes bem como as instruções para a sua utilização.
“Actualmente, um dos aspectos mais preocupantes no que diz respeito à humanização dos cuidados hospitalares é a situação de grande isolamento em que se encontram os doentes infectados com SARS-CoV2 (covid-19), nomeadamente nas unidades de cuidados intensivos ou intermédios, obrigatoriamente afastados do contacto familiar durante várias semanas. Por outro lado, situação idêntica também se verifica com os doentes internados por outras patologias uma vez que as actuais regras de gestão clínica obrigam a uma marcada limitação (ou mesmo proibição) das visitas”, revela o CHUC.
O desenvolvimento da iniciativa “MSH2” do projecto “H2” será “progressivo e dinâmico, compreendendo duas fases distintas: a primeira, focada principalmente nos doentes covid-19, e a segunda em que serão também abrangidos os doentes internados com outras patologias. A dinâmica da sua progressão será ajustada de acordo com o que a prática vier a aconselhar”, nota a unidade hospitalar.
Esta iniciativa tem a aprovação do Conselho de Administração e recolheu o parecer favorável da Comissão de Ética do CHUC.
O projecto “H2” foi apresentado pelo CHUC em Janeiro de 2019, tendo como propósitos: dinamizar um processo de sensibilização, orientado para a necessidade de centrar, efectivamente, a atenção nas pessoas: na pessoa doente e também nas pessoas que cuidam da pessoa doente; apelar ao respeito por valores humanos e princípios como a dignidade, a compreensão, a empatia e a compaixão; apelar ao profissionalismo, ao bom relacionamento interpessoal, ao trabalho coordenado e ao espírito de equipa, e a um compromisso de constante melhoria.